Paulo VI: Primeiro papa a rezar em Fátima, em 1967
Paulo VI, primeiro papa a rezar em Fátima, em 1967, foi beatificado em 2014 no Vaticano.
Giovanni Montini, que nasceu em Itália em 1897, escolheu o nome de Paulo para mostrar a sua missão de propagação da mensagem de Cristo, tornando-se papa a 21 de junho de 1963.
Sucedeu ao papa João XXIII, que convocou o Concílio Vaticano II, optando por seguir o trabalho do seu predecessor de abertura da Igreja.
Foi o primeiro líder da Igreja Católica a viajar pelos cinco continentes.
Paulo VI foi também o primeiro a conversar com o líder da Igreja Anglicana e com os dirigentes das diversas Igrejas Ortodoxas do Oriente.
Durante o seu papado, as relações com Portugal atravessaram vários momentos de tensão.
Primeiro, em 1964, quando, três anos após a invasão de Goa pela Índia, Paulo VI se deslocou a Bombaim, e a segunda em 1971, quando recebeu, durante a guerra colonial, dirigentes dos movimentos de libertação em África.
Morreu em Castelgandolfo, em 1978.
João Paulo II: o papa de Fátima
O papa João Paulo II, canonizado em 2014, ficou conhecido pelas muitas viagens que realizou pelo mundo ao encontro dos fiéis e pela sua devoção mariana, mantendo uma ligação especial com Fátima, que visitou três vezes.
Karol Jozef Wojtyla, eleito papa a 16 de outubro de 1978, nasceu em Wadowice (Polónia), a 18 de maio de 1920, e morreu no Vaticano, a 02 de abril de 2005 e viveu a ocupação nazi da Polónia.
Depois de frequentar o seminário maior clandestino de Cracóvia até à sua ordenação como sacerdote em 1946, seguiu depois para Roma onde se doutorou em teologia e foi ordenado bispo a 28 de setembro de 1958 e em 1964, arcebispo de Cracóvia.
Foi eleito papa, com o nome de João Paulo II, a 16 de outubro de 1978.
A biografia oficial de João Paulo II, preparada pelo Vaticano para a sua beatificação, destacava o “grave atentado" sofrido pelo papa polaco a 13 de maio de 1981, na Praça de São Pedro, sublinhando que Wojtyla “perdoou ao autor” do ataque.
Na sua primeira visita ao Santuário de Fátima, em maio de 1982, o papa agradeceu "a proteção concedida" e registou-se um novo incidente na noite da procissão das velas, em Fátima: o padre integrista espanhol Juan Fernandez Maria Khron, de 32 anos, vindo de Paris, tinha o objetivo claro de matar João Paulo II.
Em 2000, visitou de novo Fátima para a beatificação de Francisco e Jacinta e foi revelada a terceira parte do chamado segredo de Fátima.
Morreu em Roma a 02 de abril de 2005 e foi beatificado a 01 de maio de 2011 pelo seu sucessor, Bento XVI.
Bento XVI: De teólogo a papa
A dois meses de festejar oito anos de pontificado, Bento XVI renunciou ao cargo, marcado por uma postura mais dogmática da Igreja e iniciativas como a beatificação do seu antecessor, João Paulo II, em 2013.
Joseph Ratzinger tornou-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos, a 19 de abril de 2005, para suceder a João Paulo II. E foi também o primeiro papa em sete séculos a resignar.
Decano do conselho cardinalício, antes da morte de João Paulo II, Ratzinger dirigia a poderosa Congregação para a Doutrina da Fé, herdeira da Inquisição, e foi considerado um representante da linha mais dogmática da Igreja.
Na Alemanha, por exemplo, o seu nome aparece ligado ao “braço de ferro” que manteve com o cardeal Karl Lehmann, presidente da Conferência Episcopal alemã, em torno da questão do aborto.
Ratzinger nasceu em Marktl (Baviera), na diocese de Passau, numa família tradicional de camponeses, e participou como soldado do exército alemão nos últimos meses da Segunda Grande Guerra.
Entre 1946 e 1951 estudou filosofia e teologia na universidade de Munique e, em 1951, foi ordenado sacerdote.
Esteve em Portugal, em 2010, e a sua ligação a Fátima não se fica pela visita.
Antes de ser papa, Ratzinger foi prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e nessa qualidade fez uma interpretação ao chamado terceiro segredo de Fátima.
Para Ratzinger, os três segredos de Fátima significam, no seu conjunto, uma “exortação à oração como caminho para a salvação” e “o apelo à penitência e à conversão”.
Renunciou ao pontificado a 28 de fevereiro de 2013.
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