O restaurante lisboeta, definido como “o principal destino gastronómico da capital portuguesa”, continua a ser o único português na lista dos 50 melhores do mundo (‘World’s 50 Best Restaurants’), que este ano assinala 20 anos.
O Belcanto, com duas estrelas do guia Michelin, entrou para os primeiros 50 da lista em 2019, quando conquistou a 42.ª posição, que renovou no ano passado – em 2020 a lista não foi divulgada devido à covid-19.
“É com muita alegria que recebemos a notícia de que o Belcanto é novamente escolhido como um dos 50 melhores restaurantes do mundo. Continuaremos a trabalhar cada vez mais e melhor e sempre com muita paixão e responsabilidade por termos a sorte de representar Portugal. É uma distinção de toda a equipa do Belcanto, de todo o nosso grupo e de todas as equipas de cozinha e sala de todos os restaurantes portugueses, em Portugal e no mundo”, reagiu José Avillez, através das redes sociais.
“Um estabelecimento lendário que abriu as suas portas como um clube para homens em 1958, o ‘chef’ José Avillez pegou no leme do Belcanto em 2012. Sob a sua navegação culinária, o restaurante mereceu a sua primeira estrela Michelin nesse ano; uma segunda seguiu-se apenas dois anos depois”, refere a organização, que descreve a cozinha de Avillez como fazendo “um uso total da costa portuguesa” e proporcionando uma “viagem gastronómica pela cozinha portuguesa contemporânea”.
Este ano, o Geranium (Copenhaga) subiu ao topo da lista – no ano passado, o restaurante do chef Rasmus Kofoed, que também tem três estrelas do guia Michelin, ficou no segundo lugar.
“O Geranium é um espaço holístico, que abraça o círculo da vida. A comida é um conector, unindo pessoas de todos os continentes”, afirmou Rasmus Kofoed.
Segundo os promotores da lista, “não há melhores chefs no mundo do que Kofoed na aplicação da beleza aos alimentos”.
“Ele tem uma capacidade intuitiva de juntar pratos verdadeiramente deslumbrantes que aproveitam ao máximo a cor, o espaço vazio e o volume exato dos ingredientes, criando uma sinergia entre sabor, esteticismo e uma sensação de fluidez que percorre todo o menu”, descreve a organização.
Ao segundo lugar subiu o restaurante peruano Central (4.º no ano passado), de Virgilio Martínez e Pía León, enquanto o Disfrutar (Barcelona, dos chefs Oriol Castro, Mateu Casañas e Eduard Xatruch) alcançou o terceiro lugar (5.º em 2021).
A escolha dos melhores restaurantes do mundo faz-se desde 2002, contando com os contributos de 1.080 especialistas em gastronomia, e procura “revelar alguns dos melhores destinos para experiências culinárias únicas, além de ser um barómetro para tendências gastronómicas globais”, segundo os promotores.
A cerimónia regressou hoje a Londres, mas esteve inicialmente prevista para Moscovo. Os organizadores anunciaram que não iriam organizar o evento na capital russa no dia 24 de fevereiro, horas depois do início da invasão russa da Ucrânia.
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