“A Madeira, pela sua condição insular ultraperiférica, não pode estar sujeita a flutuações abruptas de preços no mercado e tem de estar protegida”, afirmou Miguel Albuquerque, realçando que a opção pelo mercado regulado foi “uma boa opção”.

O chefe do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) falava no decurso de uma visita à Central de Controlo do Consumo Energético, gerida pela Empresa de Eletricidade da Madeira (EEM), no Funchal, no âmbito do projeto que visa a instalação de 126 mil contadores inteligentes no arquipélago até 2025.

Trata-se de um investimento ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), na ordem dos 12 milhões de euros, que Albuquerque considera ser um “passo muito importante” para a modernização, maior fiabilidade e melhor monitorização do fornecimento de energia elétrica na Madeira, bem como para garantir o melhor esclarecimento do consumidor face ao seu consumo e gastos.

O projeto prevê a instalação de 70 mil contadores inteligentes em 2023 e os restantes, até um total de 126 mil, abarcando toda a região, serão introduzidos até 2025, sendo que na ilha do Porto Santo os trabalhos já estão concluídos (quarto mil contadores, para um investimento de 2 milhões de euros).

Em relação às flutuações dos preços da eletricidade e do gás, na sequência da crise energética e da guerra na Ucrânia, o presidente do Governo Regional afirmou que estas vão ocorrer sempre em função do mercado regulado.

“Ou seja, serão sempre preços subsidiados. Nunca será o preço praticado no mercado livre”, reforçou.

Miguel Albuquerque disse, ainda, que a EEM introduziu uma tarifa social, com redução na fatura em cerca de 30%, que abarca cerca de 7.000 famílias.