Face a 2018, o preço médio das casas a estrear na ex-colónia britânica, conhecida por ter o mercado imobiliário mais caro do mundo, caiu 25% no ano passado para 10,87 milhões de dólares de Hong Kong (1,3 milhões de euros), refere o jornal South China Morning Post.
Especialistas do setor imobiliário preveem, segundo o mesmo jornal, um novo declínio nos preços da habitação em 2020, com algumas previsões a indicarem uma queda de 15%.
A habitação no importante centro financeiro mundial atingiu preços exorbitantes nos últimos anos, tornando Hong Kong na cidade mais cara do mundo para a compra de imóveis.
A dificuldade de acesso à habitação é um dos motivos da agitação social na cidade, palco de protestos antigovernamentais que entraram agora no oitavo mês e que começaram contra uma polémica proposta de alterações à lei de extradição.
Meses de protestos, por vezes violentos, colocaram a economia de Hong Kong em recessão pela primeira vez numa década, devido à queda nas importações e exportações, nas vendas a retalho e dos números do turismo.
O setor imobiliário é um dos motores económicos da antiga colónia britânica e o efeito dos protestos é impressionante: o subíndice formado pelas principais empresas do setor na Bolsa de Hong Kong caiu 12,6%, do seu pico em 2019, em abril, até ao final do ano.
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