Numa publicação na sua página de Facebook, Carlos César afirmou que “o PS tem sido claro na sua opção à esquerda”, enquanto “o PSD está a ser claro quando se chega ao resto da direita”.

O presidente do Partido Socialista (PS) considerou ainda que “é tempo de dizer ao BE, PCP e PEV, ou mesmo ao PAN, se são ou não capazes de reunir esses consensos num enunciado programático com o PS, suficiente, mas claro, para a legislatura”, questionando se os partidos de esquerda “preferem assobiar para o ar à espera dos percalços”.

Na mesma publicação, o dirigente partidário lembra que, a 22 de julho, tinha avisado que “se os partidos à esquerda estiverem interessados em garantir estabilidade para a legislatura, devem dizê-lo depressa”, considerando que “a expectativa de estabilidade política é fundamental” para vencer “os enormes desafios de recuperação económica e social que o presente e o futuro” reservam.

Carlos César defende, ainda, que “a recusa do PCP, logo após as últimas eleições, em subscrever um acordo para esta legislatura, tal como havia conseguido na anterior, prejudicou a coerência e a utilidade de um acordo com um único parceiro – o BE”.

Para o líder socialista, “a crise pandémica da Covid-19 trouxe, ou assim devia ter acontecido, outra consciência sobre a absoluta necessidade de uma confluência formal e segura, que assegure um governo com uma orientação estável e um programa de recuperação com o fôlego e o sentido de médio prazo indispensáveis”.

Nesse sentido, “PS, BE, PCP e PEV devem assumir essa necessidade”, escreve o dirigente, antes de deixar o repto também ao PAN, acrescentando que esses partidos devem definir-se, “de uma vez por todas e sem mais demoras e calculismos”, considerou.