Numa mensagem em vídeo, gravada hoje, o candidato a Belém e dirigente comunista começou por salientar que o tempo de pandemia “não foi igualmente difícil para todos”, e que “foram e são” os mais frágeis que mais sofrem com as consequências da covid-19.
“Foram e são os trabalhadores (em especial os que perderam o emprego), as suas famílias, os pequenos empresários, mas não os grandes grupos económicos e financeiros e os seus detentores, aqueles que sentem na pele as consequências de grandes perturbações na vida económica e social”, apontou.
João Ferreira fez questão de alertar, no entanto, que a covid-19 foi uma agravante para outros problemas estruturais que o país já atravessava.
“Para Portugal, os problemas não começaram este ano. Os impactos da pandemia somam-se a problemas estruturais que o país arrasta há muitos anos: as desigualdades na repartição da riqueza, os baixos salários, a precariedade, a degradação dos serviços públicos, o elevado endividamento e dependência do país, as desigualdades no território”, enumerou.
Por essa razão, o eurodeputado e vereador em Lisboa considerou que este “é também um tempo para uma mudança de curso na vida do país” e que “2021 será este tempo”.
Na mensagem, João Ferreira deixou votos de “um futuro assente na valorização do trabalho”, na “defesa e melhoria dos serviços públicos, em especial do Serviço Nacional de Saúde”, no direito à habitação, educação e cultura, apelando a um “desenvolvimento sustentável” do país.
O candidato presidencial endereçou ainda uma “necessária e justa” palavra de “apreço” aos trabalhadores do Serviço Nacional de Saúde (SNS) mas também a todos os trabalhadores essenciais.
As eleições presidenciais estão marcadas para o dia 24 de janeiro de 2021.
Comentários