“Esta candidatura tudo fará para que a campanha se centre na afirmação da visão que temos sobre o país, aqueles que são os valores e objetivos desta candidatura. Não contribuiremos nem para despiques estéreis nem para nada que não contribua para o esclarecimento e para a mobilização”, afirmou João Ferreira, após entregar as assinaturas necessárias para formalizar a candidatura no Tribunal Constitucional, em Lisboa.
Questionado pelos jornalistas sobre se teme que a campanha eleitoral para as presidenciais de 24 de janeiro de 2021, com candidatos da esquerda à extrema-direita, possa vir a ter momentos “feios”, o candidato apoiado pelo PCP diz que tudo fará para que isso não aconteça.
“Pelo contrário”, afirmou, a sua candidatura “contribuirá para um clima sereno de discussão e de confronto de ideias, de visões de projetos para o país, no que toca aos poderes do Presidente da República” e para afirmar que, “apesar da situação difícil, complexa e exigente” vida pelo país com a crise económica e social causada pela pandemia de covid-19, “é possível abrir um horizonte de esperança neste país”.
João Ferreira afirmou que o país tem “meios e instrumentos para tal”, a começar pela Constituição, que consagra deveres e direitos, e que “tem de ser uma realidade vivida por todos os portugueses e o Presidente tem por obrigação contribuir para isso”.
Defendeu os debates entre todos os concorrentes como “uma oportunidade para esclarecer”, mas prometeu também uma campanha de rua adaptada às regras sanitárias devido à covid-19.
“Todas as oportunidades para confrontar ideias, valores, projetos, visões sobre o país, visões do exercício do cargo de Presidente da República são uma oportunidade para esclarecer e para mobilizar o voto e nessa medida são importantes”, afirmou o candidato.
Os debates televisivos, tanto entre cada um dos candidatos como um eventual debate com todos eles, não está ainda calendarizado.
Para João Ferreira, estas “são eleições demasiado importantes para passarem ao lado dos portugueses” e prometeu que também fará campanha tradicional, na rua, embora não tenha dado pormenores, por exemplo, que tipo de ações ou contactos de rua.
As que acontecerem, afirmou, terão “presentes as preocupações no plano sanitário”.
Será “uma campanha que adote as medidas necessárias de proteção neste período”, mas que também permita “afirmar uma mensagem de esperança”, afirmou.
Depois, enumerou “dois objetivos” da campanha, que passam por “contactar com as pessoas da maneira possível” e “transmitir aqueles que são os valores os objetivos desta candidatura” e, ao mesmo tempo, “salvaguardar todas as medidas necessárias de proteção da saúde que são exigíveis neste tempo” de pandemia.
João Ferreira entregou o máximo das assinaturas para formalizar a sua candidatura a Presidente da República – 15.000 – agradeceu o apoio dos portugueses que assinaram e considerando o número “uma expressão do apoio a esta candidatura”.
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