Os também candidatos Abdullah Salloum Abdullah, ex-vice-ministro dos Assuntos Parlamentares, e Mahmoud Marai, dirigente da oposição interna tolerada, não são considerados uma competição séria.

A oposição no exterior, que não pode candidatar-se porque a Constituição limita a possibilidade aos residentes no país nos 10 anos anteriores, tem designado o escrutínio de farsa com um vencedor antecipado.

A comunidade internacional questiona a legitimidade do escrutínio e Estados Unidos, França e Reino Unido rejeitaram antecipadamente no final de abril o resultado das presidenciais sírias.

As eleições vão decorrer nas regiões controladas pelo poder, cerca de dois terços do país. Numa Síria fragmentada, os territórios autónomos curdos do nordeste devem ignorar a votação, que não preocupa igualmente a província de Idleb (noroeste), o último bastião ‘jihadista’ e rebelde do país.

O conflito devastador na Síria causou desde o início em 2001 mais de 388.000 mortos e obrigou à fuga de milhões de sírios, refugiados no estrangeiro ou deslocados no país.

Na passada quinta-feira, as embaixadas da Síria em vários países do mundo permitiram a votação dos sírios residentes no estrangeiro.

Em teoria, se não se registar uma maioria absoluta, será organizada uma segunda volta.

Nas últimas eleições, em 2014 – quando pela primeira vez em quase 50 anos houve mais do que um candidato ao cargo, permitido pela mudança da Constituição resultante dos protestos iniciados em 2011 — Al-Assad obteve 88,7% dos votos.