Na madrugada de terça-feira, um incêndio destruiu um automóvel estacionado na Rua Dr. Alves da Veiga, tendo sido ainda registados pelos Bombeiros Sapadores "três ou quatro" incêndios em contentores, um deles nas primeiras horas de hoje.

A menção a estes casos de alegado vandalismo ocorre numa altura em que várias estátuas do Porto surgiram pintadas com lágrimas azuis.

"É triste. Só apelo aos cidadãos que denunciem a situação e às forças de segurança que estejam atentas", disse à margem da visita ao estaleiro das obras do Terminal Intermodal de Campanhã de hoje.

O autarca desvalorizou, contudo, estes atos de vandalismo e até o facto de os mesmo terem já ocorrido no ano passado, na mesma altura.

"Vandalismo há em todas as cidades. Nós conhecemos aquilo que acontece em cidades como Paris, é um problema europeu, não é apenas um problema do Porto. A coincidência do calendário, não sei se é por estarmos próximos do carnaval, mas é triste, não devia ser assim que se celebra", disse.

Para Moreira, sempre se danifica algo desta natureza, é o património de todos que está a ser danificado, criando degradação.

"E isso preocupa-me", concluiu.

Na terça-feira, o monumento aos Mortos da Grande Guerra e a estátua de Humberto Delgado, na Praça Carlos Alberto, surgiram com lágrimas azuis, pintadas a todo o comprimento, o mesmo sucedendo no Jardim da Cordoaria, onde várias das estátuas do local foram também pintadas, entre elas o busto de António Nobre.

Fonte da autarquia disse à agência Lusa, na terça-feira, que as estátuas em causa "já estão sinalizadas para serem intervencionadas" e que foram "vários, espalhados pela cidade, os atos de vandalismo verificados".

Já hoje, a PSP disse não ter, por ora, indicação de qualquer queixa sobre estes atos de vandalismo e revelou estar a investigar a causa de um incêndio que na madrugada de terça-feira destruiu um automóvel que se encontrava estacionado na Rua Dr. Alves da Veiga, no Porto.

A PSP indicou também que, já na madrugada de hoje, cerca da 01:20, um incêndio destruiu um ecoponto da Rua da Alegria, acrescentando que, até cerca das 12:30, não tinha registo de casos similares.

Já o comandante do Batalhão de Sapadores Bombeiros, Carlos Marques, afirmou que ultimamente "aconteceram três ou quatro situações" do género, acrescentando que "não foram todas no mesmo dia".