A acusação foi protocolada na sexta-feira na Comissão de Ética e à Direção de Governança e Conformidade da CBF pela própria vítima, uma funcionária que trabalha há nove anos na Confederação e que detalhou os abusos sofridos durante meses.

Na acusação, a mulher afirma ter provas de todos os factos narrados e pede que o dirigente seja investigado e punido com o afastamento da entidade, assim como pela Justiça Estadual.

O jornal o Globo indica que a funcionária gravou o assédio sofrido e, numa dessas gravações, é possível ouvir Rogério Caboclo a colocar questões de teor sexual à mulher.

A funcionária denunciou ainda que Caboclo tentou forçá-la a comer um biscoito de cão, chamando-a de "cadela".

A mulher disse também que teve a sua vida pessoal exposta diante de outros funcionários da CBF, com narrativas falsas criadas por Rogério Caboclo acerca de supostos relacionamentos que teria tido no âmbito da Confederação Brasileira de Futebol.

A acusação salienta que os abusos eram do conhecimento de outros diretores da CBF.

"Tenho passado por um momento muito difícil nos últimos dias. Inclusive com tratamento médico. De facto, hoje [sexta-feira] apresentei uma denúncia ao Comité de Ética do Futebol Brasileiro e à Diretoria de Governança e Conformidade, para que medidas administrativas sejam tomadas", disse ao portal Globo Esporte, da rede Globo, a funcionária, que não teve a sua identidade revelada.

Questionado pela imprensa, Rogério Caboclo não se pronunciou sobre a acusação.