O anúncio foi feito esta tarde num encontro com trabalhadores na sede da Lusa, em Lisboa, no qual Nicolau Santos deu conta de que, da nova direção, faz também parte o ex-diretor-adjunto do Público Vítor Costa, regressando assim à Lusa, onde já foi subdiretor e editor de Economia.
“Penso que a Agência Lusa tem um relativo atraso tecnológico e as mudanças tecnológicas, hoje em dia, no setor da comunicação, são brutais, a todos os níveis. Nós fazemos muito bem aquilo que fazemos desde a fundação, que é a produção de texto e de fotos, mas estamos relativamente atrasados na produção de áudio, vídeo, projetos ‘online’”, disse Nicolau Santos à Lusa no final do encontro com trabalhadores.
Por essa razão, “precisamos de refazer a nossa base tecnológica e refazê-la com bom senso, o que leva a ser necessário termos alguém que, conhecendo as questões tecnológicas, tenha também conhecimento da redação para não haver incompatibilidades entre estes dois processos”, notou.
Nicolau Santos decidiu, assim, convidar para o novo cargo de Inovação e Novos Projetos da Agência Lusa o ainda diretor de Informação, Pedro Camacho, por considerar que “é a pessoa indicada” para o ocupar.
“Para o substituir na direção de Informação, convidei a Luísa Meireles, que é jornalista da Expresso na área da Política há muitos anos e que trabalhou também na área das Comunidades Europeias e de Segurança e Defesa, uma jornalista muito prestigiada, e para a acompanhar, o Vítor Costa, que já trabalhou na Lusa, foi diretor e editor, é uma pessoa muito interessada por Economia e por projetos tecnológicos”, assinalou o responsável.
Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração da Lusa anunciou ainda uma nova função na agência, de Provedor da Notícia, que será ocupada pelo professor universitário e especialista na área da comunicação social Gustavo Cardoso.
“Nós, às vezes, temos quem evoca o direito de resposta em relação a notícias nossas, mas que foram publicadas por um órgão de comunicação social e isso levanta alguns imbróglios. Por outro lado, precisamos de ter alguém que analise o nosso fio noticioso e nos diga se estamos a ir na direção certa ou a produzir coisas que não fazem sentido”, explicou Nicolau Santos, referindo que este cargo será um “género de consultoria”.
Os nomes serão agora apreciados pelo Conselho de Redação da Lusa e pela Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), que terão de se pronunciar.
O parecer do regulador dos ‘media’ é vinculativo e, para isso, a ERC irá ouvir os convidados, assim como o presidente da agência, sendo que esta última audição acontece já na quarta-feira.
Nicolau Santos, que foi escolhido pelo Governo no final do ano passado para liderar a agência, estima que o processo esteja concluído até final do mês para que a nova Direção de Informação entre em funções em 1 de outubro.
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