“Tal como acontece com os jogadores no campo, é preciso substitui-los assim que notamos que parecem fragilizados”, argumentou o líder deste país africano durante uma intervenção feita no fim de semana na televisão estatal, e na qual antecipava a decisão hoje anunciada pelos meios de comunicação locais, citados pela agência espanhola de notícias, a Efe.
A troca dos ministros surge menos de uma semana depois de ter sido abortada uma alegada tentativa de golpe de Estado, que incluía a morte do Presidente e de outras personalidade.
A 20 de junho foi preso um primeiro grupo de seis pessoas e a 2 de agosto outros 21 suspeitos de participarem na trama foram também encarcerados, segundo o líder do tribunal de recurso da capital, Antananarivo.
Um dos documentos confiscados durante a investigação era um “plano estratégico, político e operacional” para eliminar cinco altos membros do Governo e assim derrubar o Executivo e garantir o poder, anunciou o responsável judicial.
Rajoelina, que já presidiu ao país entre 2009 e 2014, começou o seu segundo mandato em Madagáscar no princípio de 2019, depois de ter derrotado na segunda volta o candidato Marc Ravalomanana.
Esta nação insular perto de Moçambique continua mergulhada numa crise política há quase uma década, já que em 2009 o próprio Rajoelina, com a ajuda do Exército, derrubou do poder Ravalomanana (2002-2009) num golpe de Estado que fez mais de 100 vítimas mortais.
Madagáscar é um dos países mais pobres do mundo e enfrenta uma devastadora onda de fome que afeta mais de um milhão de pessoas, de acordo com as Nações Unidas.
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