"Seria bom se fizéssemos snorkel juntos para vere como estão as coisas", disse Surangel Whipps Jr. em Tóquio, à margem da cimeira sobre os oceanos.

"O custo de não fazer nada a respeito [das alterações climáticas] será ainda pior. Espero poder falar com o presidente Donald Trump sobre o lado financeiro", destacou.

Palau, arquipélago de 340 ilhas a leste das Filipinas, é extremamente vulnerável ao aumento do nível do mar. Whipps reconhece que alguns dos atóis podem até desaparecer nos próximos anos.

Alertou que "a ameaça está ali para todos" e pediu a Trump que "pense nos seus filhos e nos filhos dos seus filhos".

Trump, que considera as alterações climáticas uma farsa, retirou Washington do Acordo de Paris pela segunda vez e da participação de iniciativas e estudos-chave sobre o clima.

Palau pediu uma moratória sobre a mineração em águas profundas e tenta construir um consenso na região antes de uma reunião que pode finalmente estabelecer regras para a mineração em águas internacionais.

Os cientistas alertam que explorar o subsolo de vastas seções do oceano Pacífico em busca de metais como o níquel e o cobalto, utilizados nas baterias dos carros elétricos, pode devastar sistemas marítimos pouco compreendidos que exercem um papel crucial na regulação do clima.

Mas vários países como Nauru, Tonga e Ilhas Cook veem a mineração em águas profundas como uma possível fonte de receitas para as suas economias em dificuldade, especialmente à medida que as alterações climáticas interrompem outras indústrias.