O chefe de Estado também pediu que o empresário lhe pague uma reparação por danos morais.
As ações foram iniciadas após Joesley Batista afirmar, numa entrevista publicada no último sábado pela revista brasileira Época, que o Presidente era “chefe da maior e mais perigosa organização criminosa” do Brasil.
No próprio sábado o Governo já havia publicado uma nota oficial afirmando que “Joesley Batista é o bandido notório de maior sucesso na história brasileira (…) O Presidente tomará todas medidas cabíveis contra esse senhor. Na segunda-feira, serão protocoladas ações civil e penal contra ele”.
Em maio, o dono da JBS firmou um acordo de delação premiada (acordo que permite vantagens, como a redução de pena de prisão, ao dar informações sobre um caso judicial) com as autoridades que estão à frente da operação Lava Jato.
Esta operação investiga uma vasta rede de corrupção no Brasil, que envolve políticos, empresários e grandes companhias como a Petrobras e a Odebecht.
Na última sexta-feira, Joesley Batista prestou depoimento na Polícia Federal do (PF) num inquérito contra Michel Temer e manteve a sua versão de que o Presidente foi subornado para favorecer a sua empresa.
O depoimento faz parte de uma investigação contra o chefe de Estado, iniciada depois de ele ter sido gravado pelo próprio Joesley Batista supostamente autorizando o pagamento de um suborno ao ex-deputado Eduardo Cunha.
Michel Temer também ouviu o empresário da JBS relatar uma série de crimes sem se manifestar e sem denunciar os factos às autoridades competentes.
A gravação gerou um inquérito contra o chefe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF) como suspeito de cometer os crimes de formação de organização criminosa, obstrução da Justiça e corrupção passiva.
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