O Kosovo celebra em 17 de fevereiro a sua declaração de independência, autoproclamada em 2008.
É reconhecido por 116 países, mas para além da Sérvia, que continua a considerar o Kosovo parte do seu território, a sua independência não está legitimada, entre outros, pela Rússia, China, Índia e cinco Estados-membros da União Europeia.
O Kosovo “é uma história de sucesso”, disse Hashim Thaçi em entrevista à agência Associated Press (AP), acrescentando que "a independência do Kosovo trouxe mais paz e estabilidade aos Balcãs ocidentais”.
Thaçi mencionou o forte apoio dos Estados Unidos da América e da União Europeia (UE), e o compromisso da Rússia sobre a necessidade de um acordo Belgrado-Pristina.
No entanto, admitiu que permaneçam muitos desafios por solucionar e que deverão ser abordados no diálogo com a Sérvia e mediado pela UE desde 2011.
Porém, as conversações estão bloqueadas há vários meses.
Em 2018, o Kosovo decidiu impor taxas aduaneiras de 100% a todos os produtos provenientes da Sérvia até que Belgrado reconheça a sua soberania e o impeça de integrar organizações internacionais.
A Sérvia referiu que as taxas estão a penalizar fortemente o seu comércio e decidiu que apenas regressará ao diálogo quando a medida for anulada.
Thaçi exortou o seu governo a suspender temporariamente as taxas, mas também assinalou que a Sérvia não deverá considerá-la uma condição para o regresso ao diálogo.
Washington e Bruxelas já pediram a anulação das taxas de 100%, mas Pristina não respondeu até ao momento.
A obstinação de Pristina parece ter irritado Washington, o maior parceiro estratégico do Kosovo. Um general do exército que deveria visitar o Kosovo pelo 11.º aniversário da independência cancelou a deslocação.
“Mas não existe frieza [dos EUA] em relação ao Kosovo enquanto país ou à sua população”, disse Thaçi.
A UE já informou a Sérvia e o Kosovo que necessitam de ultrapassar as suas divergências antes de concretizarem o processo de adesão.
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