Roger Torrent tomou esta decisão depois de uma reunião com os líderes dos grupos parlamentares e na sequência de vários partidos terem considerado que a detenção do candidato à presidência do governo regional da Catalunha, Jordi Turull, impossibilita que hoje decorra o plenário e a eleição para a presidência do governo autónomo.

O Governo já tinha avisado que estava a estudar “ações oportunas” para defender o cumprimento da lei caso o presidente do parlamento mantivesse a sessão parlamentar programada para hoje, que incluía a sessão de investidura.

Fontes governamentais citadas pela EFE indicaram que o executivo entendia que o presidente do parlamento, Roger Torrent, devia atender às pretensões dos partidos para suspender o plenário e a sessão de investidura que estava prevista para hoje.

O PP, o Ciudadanos e o Partido dos Socialistas da Catalunha apelaram a que seja desconvocada a sessão de investidura prevista para hoje, depois de o candidato à presidência do governo regional, Jordi Turull ter sido deito.

Roger Torrent tinha marcado para hoje de manhã a sessão de investidura, depois de Jordi Turull ter falhado na quinta-feira a eleição à primeira volta no parlamento regional.

Numa petição, o partido Ciudadanos pediu “a imediata e urgente desconvocação da sessão” do plenário para “salvaguardar a plena e total garantia dos direitos e faculdades” de todos os deputados, segundo refere a agência EFE.

Também o PSC (Partido dos Socialistas da Catalunha) solicitou que o plenário fosse desconvocado, dadas as “novas circunstâncias” que impossibilitaram que a sessão de investidura pudesse decorrer “com normalidade”, devido à “forçada ausência” do candidato.

O Supremo Tribunal espanhol decidiu na sexta-feira aplicar prisão efetiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães, acusados de delito de rebelião, no quadro da tentativa de criação de uma república independente na Catalunha.

O juiz Pablo Llarena ordenou a detenção da ex-presidente do parlamento catalão Carme Forcadell, do candidato à presidência do Governo regional, Jordi Turull, e dos ex-conselheiros (ministros regionais) Raúl Romeva, Josep Rull e Dolors Bassa.

A Catalunha está sob tutela de Madrid desde há cinco meses, depois da declaração de independência falhada, votada pelo parlamento catalão em 27 de outubro. A sua autonomia continuará suspensa enquanto não houver um novo governo regional.