Al-Sissi, que falava durante uma reunião com o general Charles Brown, chefe do Estado-Maior das forças armadas norte-americanas, “alertou para os perigos de abrir uma nova frente no Líbano e sublinhou a necessidade de se preservar a estabilidade e a soberania do Líbano.
Israel afirmou ter frustrado um ataque em grande escala do Hezbollah na manhã de hoje, mas o movimento libanês, um aliado do grupo palestiniano Hamas e do Irão, afirmou ter lançado centenas de ‘drones’ e ‘rockets’ contra Israel como vingança pela morte de um dos seus líderes.
Em reação, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou que Israel não tinha dito ainda “a sua última palavra”.
O Presidente egípcio apelou ainda à comunidade internacional para apoiar os “esforços conjuntos” dos países mediadores — Egito, Estados Unidos e Qatar — com vista a um cessar-fogo na Faixa de Gaza, acompanhado pela libertação de reféns israelitas em posse do Hamas, para abrir “o caminho para a calma e a estabilidade na região”, segundo o comunicado de imprensa.
A visita do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas norte-americanas ao Egito coincide com uma nova sessão de discussões com vista a uma trégua na Faixa de Gaza que se realiza desde quinta-feira no Cairo, com presença dos chefes dos serviços secretos israelitas, do diretor da agência norte-americana CIA, William Burns, bem como de chefes dos serviços de informação egípcios e qataris.
O porta-voz de Netanyahu disse à agência France Presse que uma decisão sobre a presença de uma delegação ao Cairo para continuar as negociações seria tomada ao final do dia.
O Hamas, envolvido na guerra contra Israel na Faixa de Gaza há mais de dez meses, não participa nestas negociações, que decorrem indiretamente após meses de conversações sem sucesso.
O conflito foi desencadeado em 7 de outubro por um ataque sem precedentes do Hamas, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de pessoas levadas como reféns, segundo as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou acima de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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