"Não há justificações para que o Sr. Hariri não volte depois de 12 dias. Logo, consideramos que está em cativeiro e detido, o que é contrário à Convenção de Viena", que rege as relações diplomáticas entre os países, lê-se numa mensagem no twitter relatando as palavras de Michel Aoun.
O primeiro-ministro libanês garantiu na terça-feira, na primeira mensagem numa rede social após o anúncio da sua resignação, que deixaria a Arábia Saudita em dois dias para regressar ao Líbano.
Na Arábia Saudita há pouco mais de uma semana, Hariri referiu que se encontra bem e que regressará ao Líbano sem a família, que permanecerá na Arábia Saudita.
"Estou muito bem e, se Deus quiser, vou voltar para nos tranquilizarmos", escreveu Hariri, que, no fim de semana, declarou a uma estação de televisão libanesa que regressará "muito determinado" para levar a cabo os procedimentos constitucionais para formalizar a renúncia.
A demissão de Hariri, anunciada pelo próprio na Arábia Saudita, a 04 deste mês, foi recusada pelo Presidente do Líbano, Michel Aoun, que considerou ter sido comunicada sob misteriosas circunstâncias.
O Líbano insiste que a resignação foi forçada pelos altos responsáveis sauditas e que Hariri tem permanecido contra a sua vontade na Arábia Saudita, o que o primeiro-ministro libanês refutou, em entrevista à Sunda TV.
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