“Vai permitir uma autonomização mais significativa destas vítimas”, destacou Mariana Vieira da Silva, em declarações à Lusa após a entrega das chaves do Apartamento de Autonomização, um T3, pela Câmara de Matosinhos à Associação para o Planeamento da Família.

Na Câmara de Matosinhos foi ainda assinada uma carta de compromisso entre aquela associação e o gabinete da secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, com vista à abertura, a 01 de julho, da nova casa-abrigo para Homens e Filhos/as menores Vítimas de TSH.

“Procuramos concretizar medidas e respostas concretas para este país que idealizamos. Seremos exigentes no acompanhamento”, frisou a ministra da Presidência e Modernização Administrativa, referindo-se à monitorização do projeto que agora vai ser levado a cabo pela associação.

Mariana Vieira da Silva explicou que cabe ao governo “definir e organizar as políticas” neste domínio, mas o executivo acredita que a sua efetivação é melhor sucedida “num quadro de grande proximidade”.

“Tratar deste flagelo implica conhecê-lo bem e saber que assume formas cada vez mais complexas”, observou.

A ministra descreveu ainda que existem no país cinco centros de abrigo para vítimas de TSH e “cinco equipas multidisciplinares” que permitem “cobrir as necessidades” nacionais.

Dois dos centros destinam-se a “mulheres e crianças”, dois são para “homens e crianças” e um destina-se apenas a crianças.

A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, assinalou o papel da autarquia na possibilidade de fazer “a diferença”, tentando ajudar a “combater o flagelo” do tráfico de seres humanos.