“Hoje, pedirei os líderes do partido Nova Unidade (JV, do qual Karins é membro) que apresente um novo candidato a primeiro-ministro. Isso significa que haverá um novo primeiro-ministro”, declarou o político de 58 anos, nascido nos Estados Unidos, aos jornalistas.

Para justificar a sua decisão, o político invocou uma “falta de dinâmica” e a “necessidade de uma nova coligação governamental”.

“Atualmente, o Nova Unidade e a Aliança Nacional (dois partidos dentro da coligação) estão a bloquear o trabalho pela prosperidade e crescimento económico” do país, declarou ainda Karin na rede social X (ex-Twitter).

A Letónia, membro da NATO e da União Europeia (UE), realizou as suas últimas eleições legislativas em outubro de 2022.

O partido pró-ocidental Nova Unidade venceu as eleições com quase 19% dos votos, mas só conseguiu formar uma coligação com 53 deputados entre os 100 parlamentares.

O partido JV uniu-se à Lista Unida (Verdes e partidos regionais de centro) e à Aliança Nacional (centro-direita) para formar a nova coligação.

Primeiro-ministro da Letónia desde 2019, Karins recentemente tentou ampliar a coligação ao convidar os Progressistas, partido de esquerda social-democrata, para se juntarem ao Governo, mas enfrentou fortes críticas de dentro do bloco no poder.

Espera-se agora que a Nova Unidade nomeie um candidato para suceder Karins após a sua renúncia formal.

O primeiro-ministro letão declarou que irá entregar formalmente a sua renúncia ao Presidente letão, Edgars Rinkevics, na quinta-feira.

Karins foi primeiro-ministro em dois governos de coligação entre 2018 e 2022 e também ministro da Economia e eurodeputado.