“A cooperação existe em Portugal, a cooperação existe na Dinamarca, a cooperação existiu nos últimos 12 meses em Espanha e alcançámos em conjunto muitas coisas”, disse Sánchez no debate de investidura que começou hoje no parlamento, em Madrid.
O candidato do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) fez questão de agradecer publicamente a decisão que o líder do Unidas Podemos, Pablo Iglesias, tomou na passada sexta-feira de deixar de exigir fazer parte de um eventual futuro Governo de coligação, posição que desbloqueou as negociações entre as duas partes.
Para ser investido na terça-feira, Sánchez necessitaria dos 123 votos do PSOE, dos 42 votos do Unidas Podemos e de outros pequenos partidos regionais, uma opção praticamente afastada, visto não haver ainda acordo com a extrema-esquerda.
Mas Pedro Sánchez espera que até quinta-feira possa chegar a um compromisso com o Unidas Podemos que lhe permita ser investido, 48 horas depois da primeira votação, quando já só precisa de ter mais votos a favor do que os contra a sua recondução.
Nas legislativas realizadas em 28 de abril último, o PSOE obteve 123 deputados (28,68% dos votos), o PP (Partido Popular, direita) 66 (16,70%), o Cidadãos (direita liberal) 57 (15,86%), a coligação Unidas Podemos 42 (14,31%) e o Vox (extrema-direita) 24 (10,26%), tendo os restantes deputados sido eleitos em listas de formações regionais, o que inclui partidos nacionalistas e independentistas.
No caso de não conseguir ser investido esta semana, haverá um período de dois meses para se tentar encontrar uma solução para a situação de impasse, antes de serem marcadas novas eleições.
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