O governo que renuncia manter-se-á em funções até à nomeação do novo executivo, uma mudança desejada por Emmanuel Macron, que anunciou uma "nova equipa" para seguir um "novo caminho" político durante a última parte de seu mandato até eleições presidenciais de 2022.

"Eu teria que fazer escolhas para liderar o novo caminho. Esses são novos objetivos de independência, reconstrução, reconciliação e novos métodos a implementar. Haverá uma nova equipa", disse o presidente Emmanuel Macron em entrevista a jornais regionais diários publicados hoje.

Macron, no entanto, permaneceu evasivo quanto à manutenção de Edouard Philippe, que está no cargo desde sua eleição em 2017, à frente do novo Governo.

"Nos últimos três anos comigo, ele realizou um trabalho notável com governos sucessivos e realizamos reformas importantes e históricas, geralmente em circunstâncias muito difíceis", afirmou.

Portanto, essa mudança de Governo era esperada após a segunda volta das eleições municipais de 28 de junho, marcada por uma forte abstenção, um revés para o partido presidencial e um impulso dos ecologistas nos centros urbanos.

Edouard Philippe, primeiro-ministro mais popular que Emmanuel Macron, de acordo com as sondagens, chegou da direita e nunca se juntou ao partido República em Marcha, do presidente Macron.

Desde que chegaram ao poder, os dois homens realizaram várias reformas controversas, como a do seguro-desemprego, e enfrentaram várias crises, incluindo a dos coletes amarelos e a crise sanitária ligada à pandemia de covid-19, que fez Macron assumir que tinha de se "reinventar".

O novo governo procurará, portanto, alcançar essa reinvenção política, com as eleições presidenciais de 2022 como pano de fundo.

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