“Não é aceitável que um grupo pequeno de países receba a maioria dos refugiados. O que nós, como países ocidentais, podemos fazer é reintroduzir os nossos próprios controlos fronteiriços entre esta parte de Schengen e a outra”, assegurou o liberal.
Nos últimos anos, a União Europeia foi incapaz de reformar a sua política comum de asilo para redistribuição de refugiados e muitos países, como a Holanda, consideram que os candidatos a asilo devem tornar-se uma responsabilidade de toda a UE.
No entanto, outros, como a Polónia, a Hungria ou a República Checa mostram-se relutantes em acolher imigrantes e refugiados nos seus territórios.
Mark Rute considera que “muitos desses países da Europa são membros do espaço (de livre circulação) Schengen e têm orgulho nisso”, mas adverte que “ser membro também implica que devem mostrar solidariedade” com os parceiros europeus ou voltar a estar isolados por controlos com passaportes.
O primeiro-ministro holandês assegurou já ter discutido estes planos de “introdução de fronteiras dentro do espaço Schengen” com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e adiantou que vai falar com a sua homóloga alemã, Angela Merkel, em Berlim, para onde viajará esta tarde.
Em declarações à televisão holandesa NOS, Rutte também sublinhou que a sua visão da UE mudou nos últimos tempos: “A Europa é mercado e moeda, mas a isto juntou-se mais um ponto, a segurança”.
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