Na apresentação das Grandes Opções do Plano para 2018, Eduardo Vítor Rodrigues explicou que a autarquia vai fechar 2017 "com oito milhões de euros abaixo do limite legal de endividamento, que é de 160 milhões", enquanto o prazo médio de pagamento se fixou "nos 48 dias" e "desaparece o pagamento dos juros de mora que, no ano anterior, atingiram o 1,8 milhões de euros".

"Este é o plano que tem a virtualidade de ser o primeiro no verde dos últimos anos, o que nos permite também ter uma renovada ambição, quer na utilização dos fundos comunitários que aí vêm, mas também no investimento inteligente", declarou o autarca.

Anunciando a redução da taxa do Importo Municipal para Imóveis, (IMI) que implicará uma perda na receita de 800 mil euros, Vítor Rodrigues afirmou ainda que o aumento da fatura da água "será assumido pela autarquia", num exercício que prevê um "conjunto de novos direitos nas escolas, na saúde e de comparticipação em equipamentos".

Neste âmbito, a comparticipação em três milhões de euros nas obras do "hospital de Gaia, mais as obras em dois centros de saúde e a requalificação de três escolas EB 2.3" são parte do investimento previsto para 2018, ano em que proporão, em abril, a saída do Programa de Apoio à Economia Local (PAEL) e, assim, "poupar cerca de 600 mil euros por ano em juros".

Da aplicação da taxa turística a autarquia prevê encaixar "três milhões nos nove meses em que será aplicada", tendo ainda anunciado, para 2018, o início da construção de um centro cultural que "vai permitir trazer congressos internacionais das academias e das empresas" e cuja localização ficará junto ao metro, nas traseiras da sede do município.

O aumento de custos com o pessoal que haverá em 2018 "está associado à reposição da massa salarial decidida pelo Governo nos últimos três anos e ao facto de, a partir de 02 de janeiro, poderem contratar pessoal para as escolas, acabando de vez com o recurso aos programas ocupacionais dos centros de emprego e dando uma vida profissional estável às pessoas", anunciou.

"Não podemos querer ter nas escolas públicas grande qualidade de prestação de serviços e depois ter precários a tomar conta das crianças, recebendo um subsídio muito reduzido", disse o autarca divulgando que serão "cerca de 80 as pessoas em concurso no início do ano".

Sobre a questão do turismo, o presidente da autarquia revelou sentimentos opostos, admitindo contentamento, preocupação e atenção à forma como esta atividade está a evoluir.

Antecipando que se nada for feito "rapidamente" enfrentarão "problemas sérios num curto espaço de tempo", confirmou o diálogo com o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e assegurou que nenhum dos dois tem "turismofobia" reivindicando, contudo, a necessidade de "encontrar formas de regulação e de licenciamento, que acautelem a vida das cidades e de quem cá mora".

"Vamos em breve pedir ao Governo a garantia do licenciamento do alojamento local, porque não podemos deixar que este substitua o arrendamento local, sendo que esse será sempre a nossa prioridade", anunciou.

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