A operação, desencadeada na terça-feira, culminou uma investigação que estava a ser desenvolvida há vários meses pelo Departamento de Investigação Criminal de Vila Real.

No total, foram detidas 52 pessoas, 50 homens e duas mulheres com idades compreendidas entre os 27 e os 80 anos.

Segundo informou hoje a Procuradoria-Geral Regional do Porto, na sua página na Internet, 14 dos 52 detidos foram presentes, para primeiro interrogatório judicial, ao juiz de Instrução Criminal da Comarca do Porto.

A fonte referiu que o tribunal determinou a medida de coação mais grave, a prisão preventiva, a seis arguidos.

A três arguidos foram aplicadas, cumulativamente, as medidas de coação de obrigação de permanência na habitação e a proibição de contactar, por qualquer meio, com os outros arguidos.

Aos restantes cinco arguidos presentes a tribunal foram aplicadas, cumulativamente, as medidas de coação de apresentação periódica e proibição de contactar, por qualquer meio, com os outros arguidos.

Estes detidos foram indiciados por diferentes crimes, como de tráfico e mediação de armas e tráfico de estupefacientes (quatro arguidos), tráfico e mediação de armas e corrupção passiva (um), tráfico de estupefacientes e detenção de arma proibida (um), tráfico e mediação de armas (seis), tráfico de estupefacientes (dois).

Os outros 38 arguidos, indiciados pela prática do crime de detenção de arma proibida, foram libertados e sujeitos a Termo de Identidade e Residência (TIR).

Entre os detidos na Operação Ibéria há pessoas de várias profissões, algumas ligadas à venda lícita de armas, e ainda um polícia que desempenha funções em Chaves, no distrito de Vila Real, e que foi suspenso de funções pela PSP.

Este agente da divisão policial de Chaves foi alvo de uma busca domiciliária, na qual foi apreendido armamento ilegal.

A Operação Ibéria envolveu 300 elementos que realizaram mais de 200 buscas domiciliárias e não domiciliárias nos distritos de Vila Real, Bragança, Porto, Braga e Viana do Castelo.

No âmbito da investigação, foram apreendidas “dezenas de milhares de munições de diversos calibres, várias metralhadoras e centenas de outras armas dos mais diversos calibres, como caçadeiras, carabinas, pistolas, revolveres e armas elétricas, ainda três quilos de produto estupefaciente, milhares de euros em dinheiro e viaturas automóveis”.

A operação foi desencadeada no âmbito de um inquérito tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto e contou com a colaboração da GNR e PSP.