A decisão de avançar para uma greve nacional foi tomada a 17 de setembro, durante uma vigília organizada pela SIPE, explicou em comunicado o sindicato que convocou a paralisação.
Os professores querem pressionar a tutela a retomar as negociações com os sindicatos “após dois anos de silêncio” por parte do ministério, disse a presidente do SIPE, Júlia Azevedo.
As reuniões exigidas têm como objetivo discutir a avaliação e progressão na carreira docente, a aposentação, os concursos de professores e as alegadas ultrapassagens de professores com o mesmo tempo de serviço no momento das colocações nas escolas.
“Antevemos uma grande adesão por parte dos professores a esta greve nacional”, disse Júlia Azevedo, acrescentando que nos últimos dias o sindicato tem assistido “a uma grande mobilização, que comprova que os professores estão determinados a lutar pelos seus direitos”.
Para Júlia Azevedo, os “dois anos de silêncio, sem que seja dada qualquer resposta aos professores é uma falta de respeito por quem se desdobrou em esforços durante a pandemia”.
A presidente do SIPE considerou ainda que os docentes estão “cansados de esperar e de não ver o seu esforço e dedicação reconhecidos pelo Governo, e neste ano letivo vão endurecer a sua posição até que sejam ouvidos”.
A negociação entre tutela e sindicatos para a revisão das regras dos concursos de professores esteve prevista para começar ainda este ano.
Esta semana, o Bloco de Esquerda apresentou no parlamento um projeto de resolução exigindo o fim dos obstáculos à progressão de docentes para o 5.º e 7.º escalões (a carreira tem 10 escalões), outra das reivindicações que os sindicatos têm exigido.
Para o dia 5 de outubro está já agendada uma manifestação naquele que é também o Dia Internacional do Professor.
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