Em comunicado, a ARS-N afirma que “estão reunidas as condições” para a retoma do programa de rastreio na região Norte, com a publicação da Resolução do Conselho de Ministros nº 78/2020 de 24 de setembro.

Numa primeira fase, serão contactadas as mulheres que viram o agendamento do rastreio cancelado com o início da pandemia da covid-19, seguindo-se as restantes mulheres, com idades entre os 50 a 69 anos.

O exame de rastreio poderá ser realizado numa das 19 unidades, fixas ou móveis, que cobrem a região Norte, assegura a ARS-N.

Em 2019, o programa convidou mais de 300 mil mulheres a realizarem o rastreio, sendo que, dessas, foram rastreadas 188.310 mulheres.

“Em cada mil mulheres rastreadas, 63 foram encaminhadas para uma consulta de aferição para avaliação complementar”, acrescenta.

Segundo a ARS-N, o protocolo com o Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, entidade executora do rastreio do cancro da mama para o quadriénio 2020-2023, vai ser assinado em 16 de outubro.

Em 23 de setembro, o presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Contra o Cancro afirmou que mais de 100 mil mulheres da região não realizaram o rastreio ao cancro da mama, interrompido desde março devido à pandemia de covid-19 e também devido a questões administrativas.

Esta situação, de paragem da estrutura, com 70 funcionários e 22 unidades móveis e fixas, “correspondeu a um grande prejuízo do ponto de vista económico, mas sobretudo para a população”, considerou.