Segundo André Fernandes, comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), até às 12h00 do dia de hoje foram registadas 30 ocorrências, sendo que 5 continuam ativas.

As ocorrências de maior relevo são ambas em Vila Real, nomeadamente em Chaves/Bustelo e em Murça, que é neste momento o teatro de operações que mobiliza mais meios, nomeadamente 698 operacionais, 242 meios terrestres e 10 meios aéreos.

No conjunto destas duas ocorrências estão mobilizados 853 operacionais, 288 meios terrestres e 10 aeronaves.

Há dez ocorrências que se encontram atualmente em fase de rescaldo, algumas das quais remontam a incêndios que deflagraram a 7 de julho, e que no seu conjunto mobilizam 191 operacionais, 53 meios terrestres e um meio aéreo. Este meio aéreo encontra-se igualmente no distrito de Vila Real.

Só ontem o dispositivo aéreo teve 119 missões atribuídas, revelou André Fernandes.

No que diz respeito ao balanço de feridos e mortos provocados pelos incêndios, o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil, referiu que foram registados até ao momento 218 feridos, 6 dos quais graves, 114 ligeiros e 95 assistidos. Há ainda a lamentar três mortes.

Estão em curso evacuações preventivas em Vila Real, com André Fernandes a dar nota de que neste distrito foram retiradas para o pavilhão de Murça 61 pessoas, sendo que a maior parte já regressou a casa.

No total, 1009 pessoas tiveram de ser retiradas de casa devido aos incêndios das últimas semanas.

Não há neste momento estradas cortadas devido ao fogo, mas em Vila Real está a ser feito o controlo do teatro de operações, o que pode obrigar à imposição de perímetros de segurança.

O Governo decide hoje se prolonga a situação de alerta devido ao risco de incêndio rural, que termina às 23:59, ou se volta a ativar a contingência, que esteve em vigor até domingo durante sete dias.

A situação de alerta, nível de resposta mais baixo previsto na Lei de Bases da Proteção Civil, está em vigor em Portugal continental desde as 00:00 de segunda-feira até às 23:59 de hoje, uma vez que as temperaturas baixaram.

No entanto, os ministérios da Administração Interna, Defesa Nacional, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Saúde, do Ambiente e Ação Climática e da Agricultura e da Alimentação vão voltar hoje a reunir para e reavaliar a situação, tendo em conta que está previsto um novo aumento das temperaturas a partir de quarta-feira.

Na última semana, o país enfrentou temperaturas elevadas e o dia mais quente foi 13 de julho, em que quase todos os distritos estiveram sob aviso vermelho, o mais grave emitido pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Também foi a 13 de julho que a ANEPC registou o maior número de incêndios rurais este ano, num total de 193.