“Em democracia quem elege mais deputados vence. O PS foi o partido mais votado no ato eleitoral e é o partido vencedor destas eleições”, disse Duarte Freitas, na sede do PSD/Açores em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas proferida às 21:20 locais (mais uma hora em Lisboa).
Na sua declaração, Duarte Freitas nunca se referiu a uma eventual demissão da liderança do partido e durante a campanha eleitoral referiu sempre que qualquer que fosse o resultado do sufrágio, não se afastaria do cargo.
O PSD, o maior partido na oposição no arquipélago, conquistou 19 dos 57 mandatos para o parlamento regional, quando no sufrágio de 2012 elegeu 20 deputados.
Duarte Freitas, que disse já ter falado telefonicamente com o líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro, referiu que “hoje a palavra é daqueles que votaram”, acrescentando que o PSD estará no parlamento, no partido, na sociedade civil e ilha a ilha a “defender uma plataforma política e social que combata o desemprego e melhore a educação e a saúde”.
“Agora vamos continuar a lutar na Assembleia, no partido e na sociedade civil. Apresentaremos sempre propostas que melhorem qualidade de vida dos açorianos”, salientou o eleito pelo círculo de São Miguel, que saudou a eleição dos 57 deputados de todos os partidos.
Duarte Freitas, 50 anos e natural da ilha do Pico, é o sétimo líder do PSD/Açores em 40 anos de autonomia, tendo sido eleito em dezembro de 2012, com 92,6%, depois da demissão da ex-líder Berta Cabral, que perdeu as eleições legislativas regionais de 2012 para o PS.
Em setembro, o candidato do PSD a presidente do Governo dos Açores disse, em entrevista à agência Lusa, que a questão da sua demissão não se colocava se perdesse as eleições regionais, nas quais concorre por São Miguel.
“Isso é uma questão que não se coloca. Em primeiro lugar, porque eu, desde o primeiro momento, disse que em 2016, ganhando ou perdendo as eleições, continuaria candidato a presidente do PSD/Açores”, afirmou Duarte Freitas na ocasião.
A abstenção atingiu 59,16% nas eleições regionais dos Açores, um recorde absoluto nestes sufrágios, superando os 53,34% de abstenção em 2008, que era até agora o valor mais elevado.
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