
“As projeções relativamente ao PSD são extremamente positivas, o intervalo coloca o resultado, ou os possíveis resultados, acima daquilo que foi o resultado nas últimas eleições, o que é um facto a registar atendendo ao contexto em que estas eleições foram provocadas”, afirmou Jorge Carvalho, numa reação à projeção da Universidade Católica para a RTP, divulgada às 19h00, quando encerraram as urnas.
De acordo com a projeção, o PSD poderá eleger entre 21 e 24 deputados, alcançando o limiar para a maioria absoluta no parlamento regional da Madeira, nas eleições legislativas antecipadas de hoje.
A projeção do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa indica ainda que o PSD poderá ter uma votação entre 41 e 46% dos votos, elegendo entre 21 a 24 deputados.
A maioria absoluta situa-se nos 24 eleitos na Assembleia Legislativa da Madeira, que tem um total de 47 assentos.
Falando aos jornalistas na sede do PSD/Madeira, no centro do Funchal, o também secretário Regional da Educação destacou que outra ilação que também se pode tirar da projeção “é que quem censurou foi censurado pelo eleitorado, nomeadamente o autor da moção de censura e quem aproveitou essa mesma moção para derrubar o Governo”, disse, referindo-se ao Chega e restante oposição ao executivo liderado por Miguel Albuquerque.
“Hoje teremos provavelmente uma afirmação clara de que os madeirenses pretendem estabilidade, pretendem certeza nas suas vidas e, acima de tudo, pretendem previsibilidade para o desenvolvimento da região”, acrescentou.
Insistindo que, de acordo com a projeção divulgada, existe a probabilidade de o PSD voltar a recuperar a maioria que perdeu nas eleições de 2019, o dirigente do PSD assinalou que pelo menos “o que é claro é que o PSD será o vencedor”.
“Este é o momento do eleitorado, este é o momento em que os eleitores fazem as suas opções e decidem como é que essa governação deve acontecer: há a possibilidade de ela acontecer com maioria absoluta e há a possibilidade de também isso não se verificar e aí é o tempo dos partidos, o tempo da política entrar em ação”, acrescentou.
Jorge Carvalho referiu ainda que a abstenção, que deverá situar-se entre 41% e 47%, de acordo com uma estimativa do Centro de Estudos e Sondagens de Opinião da Universidade Católica Portuguesa, se apresenta “entre patamares que são bastante positivos”.
A projeção divulgada releva ainda que o JPP – Juntos Pelo Povo deverá ter entre 18% e 22% dos votos, obtendo de nove a 12 assentos, enquanto o PS poderá eleger entre sete e 10 deputados, com uma votação entre 14% e 18%, e o Chega poderá alcançar entre dois e quatro lugares no parlamento regional, correspondendo a uma votação de 4% a 7%.
A projeção dá entre zero e dois lugares para o CDS-PP e Iniciativa Liberal, respetivamente, atribuindo aos dois partidos uma votação entre 1% e 4%.
O PAN poderá alcançar entre zero e um mandato, com uma votação de 1% a 3%, e a CDU e o BE poderão voltar ao parlamento, com a projeção a atribuir-lhes entre zero e um mandato, respetivamente, com a coligação PCP/Verdes a ter uma votação entre 1% e 3%, ligeiramente superior aos 1% a 2% dos votos que os bloquistas deverão obter.
Mais de 255 mil eleitores foram hoje chamados a votar nas legislativas regionais antecipadas da Madeira, as terceiras em cerca de um ano e meio, para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 14 candidaturas na corrida.
Nas últimas regionais, realizadas em 26 de maio de 2024, o PSD conseguiu eleger 19 deputados, o PS 11, o JPP nove, o Chega quatro (mas, uma deputada tornou-se, entretanto, independente) e o CDS-PP dois. PAN e IL garantiram um assento cada. A abstenção foi de 46,60%.
Às legislativas de hoje da Madeira, concorreram 14 candidaturas: CDU (PCP/PEV), PSD, Livre, JPP, Nova Direita, PAN, Força Madeira (PTP/MPT/RIR), PS, IL, PPM, BE, Chega, ADN e CDS-PP.
As eleições antecipadas ocorrem na sequência da aprovação de uma moção de censura apresentada pelo Chega - que a justificou com as investigações judiciais envolvendo membros do Governo Regional, inclusive o presidente, Miguel Albuquerque (PSD) – e da dissolução da Assembleia Legislativa pelo Presidente da República.
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