“Foi um discurso inspirador daquilo que é ser português, daquilo que é a vocação ecuménica e universalista de Portugal e, sobretudo, de confiança na nossa capacidade de superação”, disse aos jornalistas o social-democrata Luís Montenegro no final da cerimónia militar de Comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, realizada no Porto.

Na sua opinião, o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, fez um discurso de “inspiração e de mobilização” do país em torno daquilo que é a sua capacidade de ultrapassar as dificuldades que, ao longo da história, vai vivendo.

“Falou num país mobilizado em torno da ideia de justiça social, solidariedade e criação de riqueza porque são as condições para termos mais bem-estar e mais prosperidade”, salientou o deputado.

Questionado sobre a responsabilidade dos partidos nesta matéria, Luís Montenegro frisou que cada partido tem a sua responsabilidade quer esteja no Governo, quer esteja na oposição, dando o seu contributo para encontrar as melhores soluções para ultrapassar os problemas da sociedade.

Além do líder do grupo parlamentar do PSD, esteve presente a assistir à cerimónia militar o presidente do partido, Pedro Passos Coelho.

Para Assunção Cristas, tratou-se de "um discurso de unidade nacional, um discurso lembrando o que é o nosso país, lembrando não só os portugueses que cá estão, mas todos os que estão pelo mundo”, disse a presidente do CDS-PP.

A líder dos centristas referiu ainda que hoje é dia de sinalizar os concidadãos que mais dificuldades têm passado, nomeadamente os portugueses que vivem na Venezuela.

“Mas, hoje é [também] dia de celebração, de alegria, de ânimo e de esperança e creio que Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou isso mesmo”, salientou.

Quanto à opção de descentralizar as comemorações, que deixaram de ser apenas em território português, Cristas entendeu que este modelo lembra a todos que Portugal não são só os dez ou 11 milhões, mas também todas as comunidades no mundo que gostam de “sentir a proximidade da Pátria”.

O Presidente da República defendeu no seu discurso do Dia de Portugal um país “independente” e “livre”. “Independente do atraso, da ignorância, da pobreza, da injustiça, da dívida, da sujeição. Livre da prepotência, da demagogia, do pensamento único, da xenofobia e do racismo”, disse.