Para Luís Montenegro, “é importante que quer o próximo presidente quer a próxima direção política possam ter um diálogo com as estruturas do partido, com os autarcas do partido e os responsáveis do partido, para poder aprofundar o tema e apresentar uma versão final deste trabalho”.
Em comunicado divulgado hoje, a direção do PSD recorda que, no seguimento da última reunião da Comissão Política Nacional, foi decidido não formalizar a entrega destes diplomas “se pelo menos um dos candidatos à presidência do partido a tal não desse a sua concordância”.
Luís Montenegro já tinha declarado não concordar que “o PSD abrisse agora um processo de revisão constitucional, nem que entregasse na mesa da Assembleia da República o projeto de lei relativo ao sistema eleitoral”, refere a nota à imprensa.
Por essa razão, “a direção nacional e a do Grupo Parlamentar irão respeitar essa vontade e não irão entregar os referidos diplomas para debate e decisão parlamentar”, acrescenta.
Luís Montenegro saudou o “trabalho exaustivo” realizado pelo presidente do PSD, Rui Rio, “e os que o acompanharam nesta reflexão”, considerando ser uma vantagem, caso vença a eleição de dia 28, ter “num estádio de avanço” um trabalho que poderá “aprimorar” em diálogo com as estruturas do partido.
Montenegro manifestou, ainda, concordância com a proposta de alteração da chamada lei dos metadados feita pelo partido.
“Na falta de uma ação por parte do Governo, cujos reflexos e consequências não sabemos que alcance terão, acho muito bem que o PSD possa dar o seu contributo para ultrapassar esse obstáculo legislativos e colocar todas as autoridades de investigação criminal em Portugal habilitadas a poderem cumprir a sua tarefa e terem resultados positivos nas investigações que têm em curso”, declarou.
O candidato realçou a “incapacidade do Governo” ao “não ter atempadamente procedido às alterações legislativas que poriam cobro a decisões europeias e a orientações que a Provedora de Justiça já tinha emitido há alguns anos”.
Luís Montenegro visitou hoje a Escola Superior Agrária de Santarém e manteve contacto com alguns militantes no Largo do Seminário, tendo agendado para a noite um jantar em Caxarias, no concelho de Ourém.
Abordado por um aficionado, Luís Montenegro admitiu não ser “um fanático” da festa brava e disse defender “um equilíbrio” que tenha em conta as diferentes opiniões.
Montenegro disse querer, no próximo dia 28, “abrir um ciclo diferente”, para vir a ganhar as legislativas e governar o país, defendendo que, até lá, o partido deve honrar a tarefa de liderar a oposição, que resultou da vontade dos eleitores, sendo "vigilante" e "atento", e denunciando as “falhas, omissões e erros” da governação socialista.
As eleições diretas do PSD foram agendas para o próximo dia 28, decorrendo o prazo para apresentação de candidaturas até segunda-feira.
Além de Luís Montenegro, que tinha hoje consigo o presidente da distrital social-democrata de Santarém, João Moura, também Jorge Moreira da Silva anunciou a sua candidatura à liderança do partido.
O 40.º Congresso do PSD irá realizar-se nos dias 01, 02 e 03 de julho, no Coliseu do Porto.
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