Numa mensagem em vídeo divulgada no site e nas redes sociais do PSD, Rui Rio refere que este ano o partido não poderá comemorar o seu aniversário nos moldes habituais, assinalando que esta pandemia o recorda de qual foi o papel do partido na história recente do país e que terá de “continuar a desempenhar”.

“O PSD, ao longo destes 46 anos, foi um partido absolutamente fundamental em momentos críticos desta história recente de Portugal, está outra vez a ser um partido fundamental neste momento de combate à doença e terá de ser também um partido fundamental depois, no relançamento económico”, defendeu.

“Em que papel? Naturalmente iremos ver, mas seguramente o PSD terá um papel para ajudar Portugal a sair desta situação muito difícil, talvez até mais difícil que outras situações que vivemos ao longo destes nossos 46 anos”, considerou.

Na mensagem em vídeo, Rio assegurou que conta “com todos os militantes e simpatizantes do PSD para ajudarem Portugal a recuperarem desta situação muito difícil” e deixa uma mensagem de confiança sobre a integração europeia.

“A opção que Portugal fez, com grande apoio e liderança do PSD, pela Europa está agora mais uma vez mais à prova como uma opção muito acertada. Se neste momento não estivéssemos integrados na Europa, nós estávamos numa situação muitíssimo mais difícil, com a ajuda europeia vamos conseguir sair mais facilmente da crise”, vaticinou.

O líder do PSD começa o vídeo recordando os três homens que em 06 de maio de 1974 fundaram o então Partido Popular Democrático, que viria a dar origem depois ao PSD – Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota – e termina-o com um desejo para o futuro.

“Espero, daqui por um ano, poder comemorar os 47 anos PSD de uma forma de uma forma diferente e, acima de tudo, não com a situação resolvida – porque não vamos entrar em demagogia, não a conseguiremos ter resolvida daqui a um ano – mas, pelo menos, bem encaminhada para a resolvermos o mais depressa possível”, afirmou.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 254 mil mortos e infetou quase 3,6 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Em Portugal, morreram 1.074 pessoas das 25.702 confirmadas como infetadas, e há 1.743 casos recuperados, de acordo com os dados revelados terça-feira pela Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.