"Não precisamos de novos partidos. Precisamos de ligar as pessoas aos partidos através do conhecimento", sublinhou, uma semana depois do congresso fundador da Aliança, do ex-presidente do PPD/PSD Pedro Santana Lopes.

No encerramento da 1ª Convenção Nacional do Conselho Estratégico Nacional, que decorreu hoje em Santa Maria da Feira, aquele responsável defendeu que "o conhecimento e a tecnologia globalizaram a nossa economia, mas de certa forma tribalizaram a política".

Se, no passado, os partidos diziam às pessoas o que fazer e se posicionavam como geradores de conhecimento, hoje, no mundo digital, as pessoas não querem que se lhes diga o que fazer, argumentou.

"Hoje, as pessoas não querem isso. Querem desenhar um futuro connosco. Já não chega dar informação aos cidadãos. A maioria tem o conhecimento do mundo inteiro à disposição no seu telemóvel", prosseguiu.

Para o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, a grande questão é como é que os partidos vão envolver as pessoas, para que elas tragam esse conhecimento, tarefa que no seu entender "pressupõe uma mudança no papel desempenhado pelos partidos".

"O papel dos partidos é hoje ajudar a gerir essa informação, muitas vezes contraditória. Não com a atitude de quem procura ensinar a sociedade, mas de quem quer aprender com ela", sustentou, sublinhando que "os partidos têm de ser permeáveis a estes contributos".

Para Carlos Moedas, aquilo que hoje falta é esta ligação entre pessoas, o conhecimento e a política, que o PSD pode restabelecer de três maneiras.

Em primeiro lugar, assumindo-se como uma plataforma de troca de ideias, em segundo lugar apresentando propostas de políticas públicas fundadas em evidência científica e por último oferecendo uma matriz de leitura para multiplicidade de informação disponível, compatível com os valores de uma social democracia do século XXI.

"É isso que hoje aqui demonstramos", afirmou.

Carlos Moedas foi hoje anunciado como mandatário nacional do partido às eleições europeias de maio.

O anúncio foi feito pelo o cabeça de lista do PSD ao Parlamento Europeu, Paulo Rangel, que disse que o comissário europeu como "uma prenda, um mimo europeu" a esta iniciativa.

Já Carlos Moedas confessou que quando na sexta-feira viajava de Bruxelas para Portugal, "não vinha para isto", mas assumiu que ficou muito "contente com isto".

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