Segundo a fonte da PSP, esta semana houve uma nova sessão de certificação de tiro no Algarve, mas como os polícias estavam novamente a chumbar, alegadamente como forma de protesto, o comando distrital de Faro decidiu suspender o tiro prático por tempo indeterminado.

Na semana passada, 22 dos 24 polícias que participaram nas duas sessões de certificação de tiro chumbaram e foram submetidos a um segundo teste.

Fonte policial explicou que a certificação de tiro em Faro foi cancelada para evitar o risco de haver mais polícias sem aproveitamento.

Quando os polícias chumbam nos testes de tiro a arma é retirada e passam a desempenhar funções exclusivamente em serviço administrativo, perdendo o direito a auferir suplementos.

Uma fonte policial referiu à Lusa que vários agentes da PSP do Algarve começaram uma nova forma de protesto e estão a chumbar propositadamente no teste prático de tiro para ficarem sem arma e desta forma não poderem ir para o exterior.

Os polícias da PSP realizam todos os anos testes de formação de tiro para assegurar que estão aptos para usar armas, sendo o chumbo propositado no teste prático uma das várias formas de protesto.

Uma outra fonte policial avançou ainda à Lusa que o diretor nacional da PSP já deu indicações aos comandos territoriais sobre a possibilidade de suspensão do tiro prático por questões “de melhor gestão de recursos humanos e operacionais”.

Os elementos da PSP e da GNR têm protagonizado vários protestos para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária, tendo a contestação começada há mais de um mês.

A maioria dos protestos tem sido convocada através de redes sociais, nomeadamente ‘WhatsApp’ e ‘Telegram’, tendo surgido o movimento inorgânico ‘movimento inop’ que não tem intervenção dos sindicatos, apesar de existir a plataforma, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança e que já organizou duas grandes manifestações no Porto e Lisboa.

Nos últimos dias vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, apesar de a plataforma não assumir que sejam uma forma de protesto, tendo o ministro da Administração Interna determinado a abertura de um inquérito urgente à Inspeção Geral da Administração Interna sobre estas súbitas baixas.