Em comunicado, a PSP acrescenta que o detido foi notificado para comparecer nos Serviços do Ministério Público junto do Tribunal Judicial de Guimarães.
No domingo, com pouco mais de três minutos decorridos daquele jogo, mais de uma centena de adeptos do clube minhoto instalados na bancada sul inferior do Estádio D. Afonso Henriques entraram de forma abrupta no relvado, na sequência de uma carga da PSP, que levou a uma interrupção de quase cinco minutos.
O presidente do Vitória de Guimarães já exigiu às forças policiais que expliquem a entrada "em pânico" de vitorianos em campo no início do jogo com o Benfica, da I Liga de futebol.
Júlio Mendes frisou que o caso não é inédito no recinto vitoriano, já que, em setembro de 2014, num jogo com o FC Porto, adeptos instalados na mesma zona entraram no relvado após terem sido disparadas balas de borracha pela polícia na zona.
Disse ainda que homens, mulheres e crianças entrarem conjuntamente no relvado não é normal e "não pode voltar a acontecer".
O dirigente lembrou que pugna há muito tempo pela alteração no modelo de policiamento nos jogos de futebol, realçando a disparidade entre "jogos que são garantidos pela GNR e pela PSP", jogos que "custam mais dinheiro" e "outros menos dinheiro", e jogos que "têm mais efetivos" e outros menos.
Apesar de recusar fazer juízos, por não ter visto as imagens, Júlio Mendes referiu que o clube paga "dezenas de milhares de euros às forças policiais para fazerem o seu trabalho" e fazê-lo "bem feito", protegendo as pessoas de "situações de pânico" como as que se viram.
Questionado sobre a carga policial ter sido o resultado de algumas grades de segurança que adeptos do Vitória de Guimarães empurraram na direção da polícia, quando grupos de adeptos do Benfica seguiam para a bancada norte, o responsável disse que um estádio e uma via pública são "espaços físicos diferentes" e requerem posturas diferentes.
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