Segundo a TVI24, um conflito de interesses entre a PSP de Évora e a GNR acabou por impedir a saída da carrinha que fazia a distribuição da vacina da covid-19 no sul do país.

Apesar de ser à GNR que cabe a segurança destas carrinhas em todo o país, a PSP de Évora considerou que aquela era a sua área de jurisdição, pelo que travou o transporte. O momento ocorreu após a entrega da primeira remessa de vacinas no hospital de Évora e antes de a viatura poder seguir para o Baixo Alentejo e Algarve.

Segundo a TVI, o conflito foi resolvido por volta das 19h30, ao fim de mais de meia hora de impasse, com uma escolta partilhada entre a GNR e a PSP, após decisão das hierarquias.

Em comunicado enviado às redações, o Ministério da Administração Interna refere que "face aos incidentes ocorridos hoje no acompanhamento da distribuição de vacinas da Covid-19 em Évora e noticiados pela Comunicação Social" foi determinada "a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI)".

Pode também ler-se que "o ministro solicitou ainda, à Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna, informação sobre quais as regras de acompanhamento e desembaraçamento do trânsito definidas para concretizar essa distribuição".

Contactadas pela Lusa, a Direção Nacional da PSP e o Comando-Geral da GNR escusaram-se a comentar o sucedido em Évora.

O Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) anunciou hoje ter recebido, às 18:40, cerca de 350 vacinas contra a covid-19, para iniciar o processo de vacinação dos profissionais de saúde na terça-feira.

Esta 1.ª fase da vacinação no hospital alentejano está prevista começar às 09:00 de terça-feira, prevendo-se que esteja concluída “até dia 31 de dezembro”, isto é, até quinta-feira, indicou o HESE.

"Este é um sinal de esperança e uma notícia muito positiva que todos aguardávamos”, congratulou-se a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes.

A responsável destacou que, “após quase um ano de combate a esta pandemia” provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, a qual “continua ativa, este é um momento de alento”.

Um momento que “reforça as nossas energias para continuar”, acrescentou Maria Filomena Mendes.

Portugal contabiliza pelo menos 6.677 mortos associados à covid-19 em 396.666 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado até 07 de janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.