“Os factos vão ser comunicados ao Ministério Público, sem prejuízo do prosseguimento de diligências por parte desta polícia para a identificação dos seus autores”, lê-se num comunicado do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

O incidente na quinta-feira à noite com um autocarro da Carris, de que resultou um ferido ligeiro, foi o segundo caso do género registado esta semana.

Na nota, a PSP adianta que cerca das 20:50 de quinta-feira foi solicitada a presença da polícia na Estrada Militar, freguesia de Camarate, depois de um autocarro da Carris ter sido atingido “por um objeto”.

“O veículo circulava no trajeto Campo Grande — Fetais e, nas proximidades do Bairro da Quinta das Mós, terá sido arremessado um objeto que danificou um vidro do lado direito e na sequência do impacto um passageiro terá tido ferimentos ligeiros”, adianta a PSP no comunicado.

Ainda segundo a PSP, para o local foram acionadas “várias valências policiais”, mas apesar das diligências realizadas não foi possível “localizar ou identificar suspeitos da prática do ilícito”.

O Comando Metropolitano indica ainda que irá intensificar o policiamento naquela área para dissuadir situações semelhantes e solicita a quem “tenha conhecimento de informação relevante sobre este ou episódios semelhantes colabore com a investigação e contacte a PSP”.

“A PSP apela ainda para que os cidadãos se abstenham da prática de comportamentos que ponham em causa a segurança dos transportes, bem como, a integridade física dos seus funcionários e passageiros”, é acrescentado na nota.

Em declarações anteriores à Lusa, fonte da PSP tinha adiantado que o ferido ligeiro que resultou do apedrejamento do autocarro da Carris é uma mulher de 60 anos.

“O apedrejamento ocorreu nos Fetais e quebrou um dos vidros do autocarro. Os estilhaços feriram uma mulher de 60 anos, que foi assistida no local e não necessitou de ser transportada para o hospital. Os autores não foram identificados”, disse a fonte, acrescentando não existir até essa altura indicação de que os factos seriam comunicados ao Ministério Público.

Numa nota enviada à Lusa, a Carris lamentou o incidente, sublinhando que “está em permanente articulação com as autoridades”.

“A Carris critica este tipo de ocorrência gratuita, mas, no momento, não pode adiantar mais nada sobre esta matéria, tendo em conta que se encontra em investigação”, ressalvou a empresa, acrescentando que “foi prestado todo o apoio aos passageiros e motorista” do autocarro apedrejado.

Este é o segundo caso de apedrejamentos a autocarros da Carris no espaço de uma semana.

Na segunda-feira à noite, um veículo foi apedrejado na Ajuda, em Lisboa, tendo os estilhaços dos vidros provocado ferimentos ligeiros em dois passageiros, que foram transportados ao Hospital de São Francisco Xavier.

Outros 10 passageiros foram assistidos no local, vítimas de ansiedade, devido ao pânico com que ficaram.

O caso ocorreu perto do quartel dos Bombeiros Voluntários da Ajuda, onde o motorista do autocarro foi pedir ajuda, não tendo a PSP identificado os suspeito do crime.

Também nesse dia, a Carris informou, em comunicado, que vai pedir uma reunião urgente ao ministro da Administração Interna para discutir o episódio.

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