Dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) rodeados por vários motociclistas, alegadamente ligados aos três cidadãos que morreram na madrugada do dia 21 na 2.ª Circular. Este é o cenário das imagens que têm circulado nas redes sociais e a que a polícia vem agora esclarecer.

Segundo a PSP "foi recebido um alerta por um grupo de motociclistas estarem a circular na via publica, sem capacetes e realizando manobras perigosas proibidas pelo Código da Estrada" e, "como é normal" a polícia enviou um carro patrulha com dois agentes.

A PSP sublinha que "não foi inicialmente estabelecida qualquer ligação desta ocorrência com a morte de três cidadãos, em resultado de acidente rodoviário verificado na madrugada do dia 21 do corrente mês, na Avenida Marechal Craveiro Lopes (2.ª circular)".

Segundo a mesma fonte, "quando chegaram ao local os dois polícias deparam-se com um conjunto de motociclistas que rapidamente os cercaram de forma hostil e não acataram as ordens legais e legítimas que lhes foram dadas, impossibilitando que os infratores fossem identificados e fiscalizados".

De seguida, "enquanto um dos policias permaneceu no exterior do carro patrulha, emitindo continuamente ordens para que os infratores se afastassem, o outro polícia entrou na viatura para pedir reforços urgentes via rádio", explica a PSP.

"Devido ao aumento do número de infratores e aos seus inaceitáveis comportamentos, um dos polícias, para garantir a sua integridade física e a autoridade do Estado, recorreu passivamente à arma de fogo como forma de dissuasão relativamente às agressões iminentes, sem no entanto a ter apontado a qualquer cidadão", assegura o comunicado.

"A PSP salienta a coragem e o sangue frio do polícia que permaneceu no exterior do carro patrulha, que permitiram evitar males maiores"

Apesar de os reforços policiais terem chegado "rapidamente ao local", não foi possível a "identificação e detenção dos infratores, por já terem dispersado", acrescenta a polícia, que, no entanto, garante "utilizar todos os meios para identificar todos os intervenientes de modo a permitir responsabilizá-los tanto criminalmente como pelas contraordenações praticadas".

"A PSP não tolera este tipo de comportamentos pois constituem ataques graves aos seus polícias e à autoridade do Estado, que não passarão impunes", conclui.