“As urnas falaram três vezes inequivocamente”, considerou Puigdemont através da rede social Twitter, acrescentando que os independentistas detidos provisoriamente na região de Madrid “já não são presos políticos, são reféns”.
O Tribunal Supremo espanhol decidiu hoje em Madrid que Oriol Junqueras devia continuar na prisão, visto haver riscos de reincidir nos delitos em que é investigado: rebelião, secessão e peculato no âmbito do processo falhado de independência da Catalunha.
Desde Bruxelas, onde está refugiado, Puigdemont também afirmou que “há um conflito por resolver entre a Catalunha e Espanha”, insistindo que os independentistas “apostaram sempre na via pacífica e de diálogo”.
Ainda em fase de instrução, o Supremo mantém detidos todos os separatistas que ainda não se distanciaram do objetivo de criar uma República independente de Espanha através de um processo que vai contra a Constituição espanhola.
Os partidos independentistas conseguiram manter, na sequência das eleições realizadas em 21 de dezembro de 2017, a maioria dos deputados no parlamento regional da Catalunha, estando a tentar formar um novo Governo regional com os dirigentes demitidos anteriormente.
A consulta eleitoral foi convocada pelo chefe do Governo espanhol, Mariano Rajoy, no final de outubro, no mesmo dia em que decidiu dissolver o parlamento da Catalunha e destituir o executivo regional presidido por Carles Puigdemont por ter dirigido o processo para declarar unilateralmente a independência da região.
Rajoy, convocou para 17 de janeiro próximo a primeira sessão do parlamento regional da Catalunha, tendo o primeiro debate de investidura do novo presidente da Generalitat que se realizar até 31 de janeiro e a votação no dia seguinte.
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