Puigdemont declarou que a sua viagem “não acaba aqui” e que irá até ao último recanto da Europa” para defender “a justa causa do povo catalão” e até que sejam colocados em liberdade todos os independentistas catalães que estão na prisão.
"Hoje é um dia importante no terreno político, mas também no emocional”, afirmou o político catalão.
Puigdemont disse que demorou “quatro meses e quatro dias” a chegar a Bruxelas, para onde viajava quando foi detido na Alemanha, em cumprimento de uma ordem de prisão europeia, que foi retirada na quinta-feira pelo Supremo Tribunal espanhol.
O líder catalão compareceu na conferência de imprensa acompanhado do atual líder da Generalitat da Catalunha, Quim Torra, assim como de ex-conselheiros que fugiram e alguns novos membros da Generalitat, como Laura Borràs, Jordi Puigneró e Maria Àngels Chacón.
O ex-presidente da Generalitat também pediu hoje ao primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, que "faça o trabalho de casa" que deve durante o verão, para avançar no objetivo de mudar "dos gestos para os factos".
"Quem tem deveres é Sanchez. Esperamos que no regresso [das férias] tenha aproveitado o tempo", disse Puigdemont, acrescentando que "não se pode querer que os votos o tornem primeiro-ministro e depois não agir de acordo”.
O cancelamento do mandado europeu de detenção significa que Puigdemont vai continuar em liberdade, mas não poderá regressar durante 20 anos a Espanha, onde seria imediatamente detido para responder pelo crime de rebelião, que só prescreve passado este período.
Puigdemont fugiu de Espanha depois de Madrid ter decidido, em 27 de outubro de 2017, intervir na Catalunha na sequência da tentativa de independência.
O ex-presidente do executivo catalão fugiu inicialmente para a Bélgica, mas foi detido este ano pela polícia alemã quando regressava de carro de uma conferência em que participou na Finlândia.
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