A presidente da Pulmonale Isabel Magalhães explicou à Lusa que a campanha consiste na exposição, no Mercado do Bom Sucesso e na Estação do Metro da Trindade, de dois quadros "exibindo cigarros em diferentes posições", alertando contra os malefícios do tabagismo.
"A nossa mensagem para o Porto é que queremos uma cidade livre do fumo do tabaco", disse a responsável daquela Instituição Particular de Solidariedade Social que recupera os números das mortes ligadas ao consumo do tabaco para tentar "ganhar vidas".
Durante o "Mês do Cancro do Pulmão", a Pulmonale quer "reforçar o seu papel junto da sociedade e promover uma maior sensibilização" lembrando que o cancro do pulmão "não sendo o mais prevalente, é o mais mortífero", sublinhando que anualmente, em Portugal, "surgem cerca de quatro mil novos casos e morrem 3.600 pessoas".
"O tabaco, principal causa de morte evitável, é responsável por 85% dos casos de cancro de pulmão", alerta a associação no comunicado enviado à Lusa.
A mesma informação será difundida com o recurso a mupis (mobiliário urbano para informação), disponibilizados pela Câmara do Porto, em vários locais da cidade, replicando em cartaz o que foi exibido no trabalho artístico.
Ao mesmo tempo, e pensando na prevenção, a Pulmomale vai desenvolver ações de sensibilização sobre os malefícios do tabaco junto de jovens, numa campanha que decorrerá sob o lema "Ser fixe é não fumar? Sê embaixador desta causa".
Segundo Isabel Magalhães, através da distribuição de cartazes nas escolas associadas ao evento "a ideia é criar em cada uma delas a figura do embaixador, em cada ano de ensino", em que este "assume a causa não só como sua, mantendo-se como o guardião e assegurando, ao mesmo tempo, que a ideia prevaleça e não seja apenas algo momentâneo".
A Pulmonale foi constituída no final de 2009 para promover a sensibilização para os malefícios do tabaco, facilitar a cessação tabágica, prestar aconselhamento e apoio a pessoas que sofram de cancro pulmão e seus familiares, promover a melhoria e alargamento dos cuidados médicos, a difusão de informação sobre a doença para o público e promover a investigação sobre as causas e tratamento.
Desde setembro de 2011 integra a Global Lung Cancer Coalition (GLCC), uma aliança mundial de caráter não-governamental, que agrega associações de doentes com cancro do pulmão de todo o mundo, com o objetivo comum de combater o estigma existente em torno da doença, tendo sido em setembro de 2013 um dos sócios fundadores da LUCE- Lung Cancer Europe.
Comentários