“Alertamos para as tentativas de ingerência estrangeira destrutiva nos assuntos internos da Bolívia”, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
Soldados liderados pelo chefe das forças armadas bolivianas, general Juan José Zuniga, e veículos blindados concentraram-se em frente ao palácio presidencial em La Paz na quarta-feira, antes de se retirarem algumas horas mais tarde.
O general Zuniga foi detido pela polícia sob a acusação de terrorismo e de revolta armada.
“Condenamos firmemente a tentativa de golpe militar”, afirmou a diplomacia russa, citada pela agência francesa AFP.
O ministério liderado por Serguei Lavrov manifestou o “apoio total e inabalável” da Rússia ao Presidente boliviano, Luis Arce, e defendeu a resolução polícia dos desacordos internos para garantir a estabilidade na Bolívia.
“Somos solidários com a Bolívia, nosso parceiro estratégico fiável”, acrescentou.
O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, disse que Moscovo espera que a Bolívia “regresse à calma o mais rapidamente possível” e também advertiu contra qualquer interferência estrangeira.
“É muito importante que não haja interferência de países terceiros”, disse Peskov durante o ‘briefing’ diário com a comunicação social.
No início de junho, Luis Arce, um líder de esquerda, encontrou-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, à margem do fórum económico de São Petersburgo na primeira viagem à Rússia desde que foi eleito em 2020.
Foi também uma rara visita de um chefe de Estado à Rússia desde o início da guerra contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.
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