O Chefe de Estado russo, que se reuniu com Donald Trump à margem da Cimeira do G20, que aconteceu em Hamburgo, no norte da Alemanha, reiterou não ter havido qualquer interferência russa nas eleições presidenciais norte-americanas.
“Parece.me que vamos, sim, reedificar as nossas relações da mesma forma como decorreu a nossa reunião, existem todas as bases para supor que poderemos reestabelecer, ainda que parcialmente, o nível de interação que necessitamos”, disse Putin na conferência de imprensa no final da cimeira que reuniu as 20 maiores economias mundiais na cidade germânica.
Sobre o Chefe de Estado norte-americano, referiu que “o Trump da televisão é muito diferente da pessoa real” e precisou que Donald Trump “percebe adequadamente o seu interlocutor, analisa com rapidez, responde às perguntas e às questões que surgem no debate”.
Quanto às relações pessoais com Donald Trump, considerou que “foram estabelecidas”.
Putin assinalou que o seu homólogo questionou, não apenas uma vez, mas várias, a presumível ingerência da Rússia nas eleições presidenciais norte-americanas.
“A nossa posição é bem conhecida, e reiterei-a: não há nenhuma base para considerar que a Rússia interferiu no processo eleitoral”, sublinhou o líder russo, acrescentando que, em seu entender, Trump “ficou satisfeito com as respostas”.
Questionados pelos jornalistas se a Rússia ia interferir nas próximas eleições legislativas alemãs, Putin contestou, que se a Rússia não o fez nos Estados Unidos, por que o faria com a Alemanha e sublinhou as “boas relações” com Berlim, o seu principal parceiro comercial na Europa, e um dos principais no mundo, com quem partilha projetos, e citou o gasoduto Nord Stream II.
Moscovo não tem necessidade de interferir nos processos políticos internos de outros países, ao invés, por exemplo, de alguns meios europeus, que se metem constantemente nos assuntos internos da Rússia, sustentou.
Putin referiu-se também à proposta de Trump sobre a Polónia e os países da Europa central e Oriental, de distribuição de gás liquefeito para reduzir a sua dependência energética da Rússia. sublinhando que a defesa de Moscovo dos mercados abertos e de livre concorrência não deve ser politizada.
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