
“É preferível atingir os nossos objetivos por meios políticos e diplomáticos”, disse Dmitri Peskov, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
A conversa entre Putin e Trump está agendada para quando forem 15:00 em Lisboa.
A conversa entre os dois Presidentes é “obviamente uma conversa importante tendo em conta as conversações que tiveram lugar em Istambul”, referiu Peskov.
Nas conversações realizadas na sexta-feira, as duas partes concordaram numa troca de mil prisioneiros cada uma.
O chefe dos serviços secretos ucranianos, Kyrylo Budanov, admitiu no sábado na televisão ucraniana que as trocas poderão ocorrer já esta semana.
A troca de prisioneiros foi a decisão mais significativa de uma reunião curta, em que a Rússia esteve representada por uma delegação chefiada por um conselheiro cultural do Presidente russo.
Putin rejeitou uma oferta do homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, para se encontrarem pessoalmente na Turquia, como alternativa a um cessar-fogo de 30 dias exigido pela Ucrânia e pelos aliados ocidentais, incluindo os Estados Unidos.
“Já dissemos tudo o que podíamos sobre as conversações e quais são as principais posições”, afirmou ainda Peskov, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
“Vamos esperar e transmitir a melhor mensagem possível como resultado das conversações”, afirmou.
Peskov disse ainda que um encontro entre Putin e Trump “dependerá em grande medida do que eles decidirem”, segundo a agência de notícias russa Interfax.
“O encontro, claro, tem de ser preparado e, dependendo das datas que definirem, as equipas serão ajustadas. Acreditamos, em qualquer caso, que a reunião deve ser produtiva, mas para isso deve ser bem preparada”, acrescentou.
O próprio Trump anunciou no sábado que iria falar hoje com Putin, mas também com Zelensky e com os líderes da NATO, no que disse esperar ser “um dia produtivo” que conduza, na melhor das hipóteses, a um cessar-fogo.
Os contactos serão os primeiros de Trump com altos responsáveis de ambos os países desde a reunião de sexta-feira em Istambul, a primeira desde a primavera de 2022.
A troca de prisioneiros de guerra é uma das poucas áreas de acordo entre Moscovo e Kiev.
A Ucrânia e os aliados ocidentais têm vindo a apelar à Rússia, desde há semanas, para aceitar um cessar-fogo incondicional de 30 dias.
Moscovo tem recusado tal iniciativa com o argumento de que uma pausa nos combates permitiria ao exército ucraniano rearmar-se com a ajuda do Ocidente.
A Rússia, que invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, exige o fim das entregas de armas ocidentais a Kiev antes de se poder chegar a acordo sobre qualquer trégua.
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