"A pressão nos gasodutos Nord Stream 1 e Nord Stream 2 está estável e pronta para fornecer, mas a Europa não permite", lembrou o presidente russo.

A Rússia está disponível para continuar a fornecer energia assim que a "UE desbloqueie", afirmou o Putin atribuindo à União Europeia a responsabilidade pela crise energética.

"Os países europeus são os principais responsáveis pela escalada do preço do gás e são os cidadãos europeus que estão a sofrer", disse, afirmando também que a crise se estende ao resto do mundo.

"Com as suas decisões arrogantes, alguns políticos ocidentais estão a destruir a economia do mercado global e estão de facto a constituir uma ameaça ao bem-estar das pessoas".

O presidente russo, Vladimir Putin, referiu que o limite do preço do petróleo discutido pelos líderes europeus "é uma ameaça ao bem-estar de milhões de pessoas", depois de afirmar que a Rússia não venderá para países que implementem esse limite.

A falar desde Moscovo, na "Russian Energy Week", um fórum dedicado à energia, com vários parceiros mundiais, Vladimir Putin referiu ainda que a UE está a fazer chantagem a um país como a Rússia que tem grande relevância na produção e exportação de gás e petróleo.

A Rússia tem sido alvo de várias sabotagens, "o ocidente quer induzir que somos nós,  mas não se enganem", avisa, alegando que os incidentes nos gasodutos Nord Stream entre a Rússia e a Europa foram o resultado do "terrorismo internacional" que beneficiaria os Estados Unidos, a Polónia e a Ucrânia.

"O significado geopolítico dos sistemas de gás está aumentar e passam por este países. É claro que agora podem fornecer recursos energéticos por meio de preços altos", disse Putin no seu discurso.

"Os estados da União Europeia podem perder até 300 mil milhões de euros com este bloqueio", prevê Putin enquanto anuncia novo acordo entre a Gazprom e a China.

Ainda hoje, o presidente russo deverá deslocar-se ao Cazaquistão para participar na CICA - Conferência sobre Medidas de Fortalecimento da Confiança na Ásia, que vai reunir 11 chefes de Estado e 50 delegações incluindo observadores, parceiros e convidados da organização fundada pelo Cazaquistão, em 1992 e que tem como tema a segurança e prosperidade na Ásia.

*com AFP

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