“O chefe de Estado russo expressou o seu convencimento de que sob a direção de Díaz-Canel o país continuará avançando até aos objetivos proclamados pela Revolução Cubana”, assinala o telegrama de felicitações.
Putin, que em maio de 2016 recebeu em Moscovo o então vice-presidente cubano, mostrou-se seguro que, com Díaz-Canel, Cuba vai iniciar uma nova etapa de desenvolvimento socioeconómico.
“Na Rússia valoriza-se muitíssimo a relação com Cuba, que se cimenta em sólidas tradições de amizade e respeito mútuo”, indica.
Para mais, o chefe de Estado russo “demonstrou disposição para um estreito trabalho conjunto para prosseguir o reforço da associação estratégica entre a Rússia e Cuba e a cooperação em todas as áreas”.
O líder do Kremlin também enviou um telegrama ao líder cubano Raúl Castro, que terminou as suas funções na chefia do Estado, e definido como “um político sábio” e “autêntico amigo da Rússia”, que em muito contribuiu para a defesa da soberania e o fortalecimento das posições do seu país no mundo.
Em particular, Putin agradeceu ao irmão de Fidel Castro, a quem sucedeu na liderança do país em fevereiro de 2008, os seus longos anos de “frutífero” envolvimento nas áreas de desenvolvimento das relações bilaterais e augurou que a sua atividade na direção do Partido Comunista de Cuba permitirá o reforço da cooperação entre Moscovo e Havana.
As relações entre o Kremlin e a ilha esfriaram com a chegada ao poder de Mikhail Gorbatchov em 1985 e o início da “perestroika”, um processo muito criticado por Fidel castro, e entraram em crise com a desintegração da União Soviética em 1991 e o consulado de Boris Ieltsin em Moscovo.
Após subir ao poder em 2000, Putin viajou para Havana e no ano seguinte ordenou o encerramento da base de espionagem eletrónica de Lourdes, último vestígio da importante presença soviética em Cuba no decurso da Guerra Fria.
No entanto, nos últimos anos o líder russo impulsionou uma nova aliança estratégica entre os dois países e Raúl Castro protagonizou duas visitas a Moscovo, em 2009 e 2012.
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