O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visitou na sexta-feira o centro de controlo geral da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial norte-coreana (NATA, na sigla em inglês), na capital, de onde é coordenada a missão do satélite, avançou hoje a KCNA.
De acordo com a agência de notícias estatal da Coreia do Norte, Kim viu no centro “fotografias das principais regiões alvo, incluindo Mokpo, Gunsan, Pyeongtaek, Osan, Seul e outras áreas” do país vizinho.
A cidade de Pyeongtaek, no norte da Coreia do Sul, alberga Camp Humphreys, a maior base militar dos Estados Unidos fora do território norte-americano. Gunsan e Osan também acolhem bases dos EUA, o principal aliado militar de Seul.
As fotografias terão sido tiradas entre as 10:15 e as 10:27 de sexta-feira (entre as 02:15 e 02:17 em Lisboa), “quando o satélite passou sobre a península coreana”, avançou a KCNA.
Kim Jong-un, que já se tinha deslocado ao centro de controlo horas depois do lançamento, na terça-feira, visitou novamente as instalações “para rever a preparação operacional do satélite de reconhecimento”.
A Coreia do Norte indicou que a missão do satélite terá início oficialmente a 01 de dezembro, mas garante que o dispositivo já capturou imagens relevantes, incluindo de várias instalações militares dos EUA na ilha de Guam.
A NATA informou Kim “sobre o plano fotográfico da região inimiga e o processo de ajuste adicional do satélite de reconhecimento” planeado para hoje de manhã, acrescentou a KCNA.
Pyongyang não publicou até ao momento quaisquer imagens captadas pelo satélite.
O serviço de inteligência da Coreia do Sul confirmou na quinta-feira que o lançamento do satélite espião do Norte foi bem-sucedido e que foi colocado numa trajetória orbital, mas disse que ainda era demasiado cedo para saber se o satélite está a funcionar.
O lançamento do satélite espião foi condenado por grande parte da comunidade internacional por violar as sanções impostas pelas Nações Unidas ao regime da Coreia do Norte.
Em retaliação, Seul decidiu suspender de forma parcial o acordo militar assinado com Pyongyang em 2018, algo que permite ao Sul retomar as atividades de reconhecimento nas zonas em torno da fronteira militarizada com o Norte
Pouco depois de a Coreia do Sul ter suspendido parcialmente este acordo, na quarta-feira, o país posicionou drones e aviões de reconhecimento nas zonas fronteiriças, revelaram fontes militares à agência de notícia sul-coreana Yonhap.
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