Foi de férias ou esqueceu-se da data da toma da segunda dose da vacina?
Com apenas uma dose da vacina – considerando que a maior parte das vacinas a serem administradas em Portugal precisam de duas doses, com excepção da vacina de dose única da Janssen – não se encontra ainda imunizado contra a covid-19 ou formas graves de doença. É, por isso, importante reforçar que só se pode considerar que a vacina "protege" de forma eficaz 14 dias após a toma da segunda e última dose.
A vacinação completa é ainda mais importante quando se considera a circulação de novas variantes mais contagiosas do vírus, como é o caso da Delta. Assim, é importante assegurar que todos os cidadãos elegíveis completam o esquema vacinal, por forma a desenvolver imunidade contra os efeitos do vírus SARS-CoV-2.
Assim, quanto mais tempo passar após a data indicada para a toma da segunda dose, mais vulnerável fica a pessoa a formas graves da doença. Apesar de alguns estudos revelarem uma resposta do sistema imunitário após a primeira inoculação, uma dose não é suficiente para garantir uma imunização eficaz. Além disso, o cumprimento dos prazos ajudará também a contribuir para um maior controlo da epidemia em geral.
Quando deve ser administrada a segunda dose da vacina Covid-19?
Em Portugal, existem quatro vacinas de duas doses: AstraZeneca (Vaxzevria), Moderna e Pfizer-BioNTech (Comirnaty). É importante respeitar os prazos e não atrasar a toma da segunda dose da vacina, uma vez que estes intervalos foram os usados em ensaios clínicos e os resultados que permitiram avaliar a eficácia das vacinas na prevenção da doença foram testados com estes intervalos entre as doses, que variam consoante a vacina:
- Pfizer-BioNTech (Comirnaty) – intervalo de 28 dias entre as duas doses;
- Moderna – intervalo de 28 dias entre as duas doses;
- AstraZeneca (Vaxzevria) – intervalo de oito semanas entre as duas doses (devido à variante Delta, a Direção Geral da Saúde deu indicações para reduzir o intervalo de 12 para oito semanas).
A primeira dose apresenta o novo antigénio ao sistema imunológico, preparando-o, enquanto a segunda dose é aquela que "realmente reforça o sistema imunitário”, segundo Soumya Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde.
Se falhou a marcação para a administração da segunda dose, saiba o que fazer
Se por algum motivo falhou o agendamento da segunda dose, deverá dirigir-se ao seu centro de vacinação. Isto porque a segunda dose da vacina contra a covid-19 tem de ser administrada no mesmo centro de vacinação onde recebeu a primeira.
Dependendo da disponibilidade do centro, bem como da disponibilidade de vacinas, poderá receber a respectiva dose no próprio dia ou noutro dia que seja definido pelo centro de vacinação.
Nesta situação de pandemia que vivemos, o principal objetivo é parar a doença, mais precisamente os casos graves, e, de acordo com os resultados, as vacinas disponíveis cumprem este efeito de forma eficaz para ajudar a combater a pandemia.
Portugal está a acelerar o ritmo de vacinação devido à rápida disseminação da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, considerada mais transmissível e agora predominante no país, estando disponível as modalidades de agendamento por mensagem SMS e telefonema, de “casa aberta” sem marcação prévia e de antecipação da segunda dose da vacina da AstraZeneca.
Desde o dia 7 de julho que as pessoas com 25 ou mais anos podem podem fazer o autoagendamento da toma da vacina contra a covid-19 na plataforma da Direção-Geral da Saúde destinada a estas marcações.
Este processo de autoagendamento permite que os cidadãos selecionem o local e a data em que pretendem ser vacinados, recebendo depois uma mensagem SMS com a confirmação do dia, da hora e do centro de vacinação. A confirmação do agendamento implica que seja enviada resposta ao SMS.
A 'task force' que coordena o processo de vacinação, anunciou hoje que, na quinta-feira, foi atingido um novo recorde de vacinação diária com cerca de 158 mil pessoas vacinadas.
[Esta e outras informações constam do site imune.pt*, uma plataforma digital informativa sobre vacinação, uma iniciativa do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa (IHMT-NOVA)]
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