As militantes dos direitos das mulheres integravam o grupo de pelo menos 11 pessoas detidas na semana passada neste reino muçulmano ultraconservador.

A libertação das outras três — Aisha al-Mana, Hesa al-Sheikh e Madeha al-Ajrush — foi anunciada na quinta-feira por Samah Hadid, diretora de campanhas da ONG Amnistia Internacional no Médio Oriente.

"Pedimos às autoridades sauditas para que libertem, imediatamente e sem [impor] condições, todos os defensores dos direitos humanos", afirmou Hadid.

"A onda de repressão na Arábia Saudita deve acabar. Estas detenções são totalmente injustificáveis", completou.

As pessoas detidas ou libertadas são conhecidas pelas suas atividades contra a lei que proíbe as mulheres de conduzir e contra o sistema de tutela masculina na Arábia Saudita.

As autoridades sauditas não fizeram comentários sobre a questão e o destino dos outros ativistas detidos não foi divulgado.

Sem mencionar os detidos, as autoridades acusaram estas pessoas de "contactos suspeitos com partes estrangeiras" e de abalar "a segurança e a estabilidade" do país.

A imprensa pró-governo saudita chamou "traidores" a estas pessoas.

As detenções provocaram dúvidas sobre as reformas anunciadas pelo jovem príncipe herdeiro Mohamen bin Salman.